Mídia

Paramount Skydance faz oferta hostil pela WBD

Movimento acontece depois de Netflix ter anunciado acordo de aquisição da Warner Bros.

i 8 de dezembro de 2025 - 15h45

A Paramount Skydance fez oferta hostil para adquirir a Warner Bros. Discovery depois de ter perdido a corrida para a Netflix.

Até então, a Paramount havia feito três ofertas, as quais foram rejeitadas pela WBD.

Agora, a oferta da Paramount é de US$ 30 por ação, o que a US$ 108,4 bilhões.

Já o negócio com a Netflix foi estimado em US$ 82,7 bilhões.

Paramount Skydance, família Ellisson e investidores

A oferta é respaldada por financiamento do acionista da família Ellison (que controla a Oracle) e do private equity RedBird Capital, além de compromissos de dívida de US$ 54 bilhões do Bank of America, Citi e Apollo Global Management, segundo comunicado da própria Paramount.

Parte do financiamento de capital vem de parceiros financeiros externos do Oriente Médio, inclusive o Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita, a L’imad Holding Company PJSC de Abu Dhabi e a Qatar Investment Authority.

Ainda, outra parte deriva de Affinity Partners, de Jared Kushner. Kushner é genro do presidente dos EUA, Donald Trump, cuja administração apoia a aquisição da WBD pela Paramount.

“Estamos realmente aqui para terminar o que começamos”, disse David Ellison, CEO da Paramount Skydance, ao canal de TV CNBC.

Paramount e três tentativas

A Paramount Skydance iniciou sua tentativa de compra da Warner Bros. Discovery em setembro antes da WBD lançar processo formal de venda que, no final, atraiu outros interessados como Netflix e Comcast.

Na sexta-feira passada, a Netflix anunciou acordo para adquirir os ativos de estúdio e streaming da WBD por uma combinação de dinheiro e ações.

Já a oferta da Paramount consistia na totalidade da Warner Bros. Discovery, ou seja, esses ativos mais as redes de TV da empresa, como CNN e TNT Sports.

Trump a favor

A favor de si, o CEO da Paramount argumenta que o acordo com sua empresa terá um processo regulatório de aprovação mais curto, dado o tamanho menor da empresa e a relação amistosa com a administração Trump.

O executivo enxerga poucas chances de aprovação regulatória em relação à Netflix. “Permitir que o serviço de streaming número 1 se combine com o terceiro é anticompetitivo”, disse Ellison.