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Cinco tendências para o marketing de influência em 2026

Pesquisa da MField indica pilares que moldarão o marketing de influência no próximo ano

i 10 de novembro de 2025 - 6h02

tendências influência

36% dos respondentes da pesquisa da MField reconhecem o poder do consumidor e acreditam na evolução do Conteúdo Gerado pelo Usuário (UGC) (Crédito: Peopleimages/Shutterstock)

A MField, empresa especializada em influência e cultura digital, apresenta nesta segunda-feira, 10, o estudo Mapa da Influência. Após ouvir 116 profissionais entre marcas, agências e creators, a pesquisa indica cinco macro tendências para o mercado de marketing de influência em 2026. Confira abaixo:

1. Autenticidade e Humanização

A primeira delas é a Autenticidade e Humanização, com 26,55% das menções. Os respondentes revelaram que “o cansaço do fake” e a busca por “conexão real” e “propósito” são os motores dessa tendência, que aponta o verdadeiro e genuíno como novo algoritmo da relevância.

“Estamos vendo um marketing performático como modelo dominante nos últimos anos e a influência voltou a ser sobre pessoas. As marcas, de fato, reaprendendo a ouvir antes de falar”, destaca Flávio Santos, CEO da MField.

2. Comunidade

A segunda tendência é a Comunidade, com 14,96% das menções. Esse pilar indica que o conceito de influência não é mais sobre a quantidade de seguidores, mas sobre a qualidade dos vínculos.

O estudo ressalta que as comunidades são espaços de conexão real, identificação e pertencimento, e que as marcas e creators atualmente constroem esses espaços onde os valores compartilhados são mais valiosos do que o alcance.

Além disso, a pesquisa mostra que 77% das pessoas já compraram algo influenciadas por uma comunidade, e oito em cada dez brasileiros confiam mais em recomendações de fãs do que em publicidade tradicional.

3. Micromovimentos e Nichos

A terceira tendência são os Micromovimentos e Nichos (12,43%), que revela que quanto menor o público, mais forte é o vínculo. Segundo a pesquisa, 59% dos entrevistados identificam os micros como principais agentes dos próximos movimentos e 36% reconhecem o poder do consumidor e acreditam na evolução do Conteúdo Gerado pelo Usuário (UGC).

O levantamento ainda mostra que os microinfluenciadores, nichos e UGC desenham um novo cenário da influência, mais participativo, comunitário e guiado pela confiança construída de dentro para fora. “Estamos vivendo um momento de transferência do poder de influência. Está saindo desses grandes nomes para esses micronichos. De fato, o microinfluenciador acaba sendo o novo departamento de cultura das marcas”, reforça Santos.

4. Profissionalização e Estratégia

A Profissionalização e Estratégia (10,17%) aparece como quarta tendência, indicando que a influência amadureceu nos últimos anos. A pesquisa revela que se por um lado os criadores estão se estruturando, por outro, as marcas também têm impulsionado essa profissionalização, não só contratando influenciadores, mas criando programas estruturados que ajudam os creators a se tornarem empreendedores.

O CEO da MField ressalta que os creators deixaram de ser apenas porta-vozes, formadores de opinião, para se tornarem empreendedores, mesmo que dentro dos seus canais. “Eles entenderam que a profissionalização começou pelos briefings, começou pelas exigências de novos formatos, começou pela qualidade e isso respingou diretamente nos porta-vozes, que são os influenciadores. Sim, a influência amadureceu”, comenta.

5. Tecnologia, Inovação e Dados

Por fim, a quinta tendência é a Tecnologia, Inovação e Dados (8,47%). De acordo com o estudo, a tecnologia, especialmente a inteligência artificial, tem sido vista como uma aliada estratégica da influência humana.

Neste contexto, o grande desafio apontado pela pesquisa é integrar o trabalho do criador e sua personalidade com as ferramentas tecnológicas, como a IA, para potencializar sua entrega. “Vejo muito esse futuro de influência híbrida. Trazer essência humanizada, conteúdos orgânicos, autenticidade, mas, ao mesmo tempo, coexistirmos com esse lugar tecnológico, de inteligência artificial como um todo”, complementa Santos.

Além das cinco tendências, o estudo identificou ainda outros pilares que moldarão o futuro do marketing de influência: Conteúdos Longform e Profundos; Social Commerce e Monetização; Cultura, Regionalização e Diversidade; Temas Emergentes e Estilo de Vida; e Sustentabilidade e ESG. Veja abaixo:

Pilares que moldarão o futuro do marketing de influência

Metodologia

Para chegar nesses resultados, o levantamento entrevistou 116 profissionais da creator economy, entre marcas, agências e creators. Ao todo, foram mais de 176 respostas, à pergunta “Qual tendência você acredita que vai moldar o marketing de influência nos próximos anos?”, sendo que 49 entrevistados deram mais de resposta.

As entrevistas foram realizadas a partir de agosto de forma presencial, em eventos da creator economy. Dessa forma, as respostas foram transcritas e categorizadas em grupos gerais, resultando em uma análise quantitativa e qualitativa, onde uma pessoa pode ter indicado mais de uma tendência.