Gabigol: “Gosto de marketing e de coisas criativas”

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Gabigol: “Gosto de marketing e de coisas criativas”

Atacante do Flamengo aproveita boa fase na carreira e boom midiático para lançar produtos licenciados e um personagem infantil


16 de julho de 2020 - 6h00

Gabigol: “De vez em quando tenho algumas ideias boas e curto compartilhar com a nossa equipe de comunicação” (Crédito: divulgação)

A narrativa de um ídolo do esporte costuma ser construída a partir de diversos aspectos, do desempenho à personalidade, passando pela maneira como o atleta se comunica com seu público. Para aproveitar o melhor momento de sua carreira, Gabriel Barbosa, o Gabigol, atacante do Flamengo, lançou há algumas semanas o personagem Gabigolzinho. A nova marca foi criada para dar vazão ao relacionamento que o atleta de 23 anos conseguiu construir com crianças de todo o Brasil, e até mesmo da América Latina.

O fenômeno midiático pode ser explicado por uma somatória de fatores, incluindo os 43 gols que o jogador marcou na última temporada, incluindo dois na final da Copa Libertadores da América, as mudanças constantes de penteado e corte de cabelo, ou até mesmo as comemorações erguendo os braços sobre os ombros em sinal de força. A estreia do personagem aconteceu no episódio #TodoMundoÉEspecial, do Flamiguinhos, desenho animado exibido pelo canal FlaTV, no Youtube.

No mês passado, Gabigol lançou uma coleção de chinelos, em parceria com a marca Kenner (Crédito: divulgação)

De acordo com Junior Pedroso, CEO da 4ComM Career Management, que faz a gestão da carreira do jogador, Gabigol participou de todo o processo de construção da marca, da personalidade até as suas características visuais. Para dar movimento ao personagem, ele conta que estão em curso negociações com produtoras e operadoras para a produção de um filme animado e um almanaque quinzenal em HQ.

A versão infantil do artilheiro faz parte de uma série de produtos licenciados com a marca Gabigol. No mês passado, por exemplo, o jogador lançou uma coleção de chinelos, em parceria com a marca Kenner, que leva seu nome e uma silhueta estilizada com os gestos de comemoração de seus gols. Segundo o CEO da 4ComM Career Management, o número de produtos de licenciamento em fase de negociação, contrato ou produção com a marca do jogador se aproxima de 50 unidades.

Acostumado a analisar partidas nas quais participou, incluindo o seu próprio desempenho, na entrevista abaixo Gabigol se coloca agora em  uma nova posição, respondendo como lida com o gerenciamento e a exposição de sua imagem fora das quatro linhas.

Meio & Mensagem — Quando é que você percebeu que estava se transformando em uma marca tão forte no Brasil?
Gabigol — É difícil saber o momento exato em que essa conexão se expandiu para outras torcidas, principalmente para as crianças. Mas é claro que, quando você vai ao estádio de um time adversário e percebe que a torcida contrária tem carinho por você, dá para imaginar que as coisas têm dado certo e que as pessoas têm gostado da sua trajetória. Na maioria dos jogos, a criançada das outras torcidas vem falar comigo. No ano passado, isso aconteceu principalmente nos jogos contra Palmeiras, Grêmio e Fortaleza. Teve também aquele episódio na Colômbia, quando um garoto invadiu o campo para me abraçar. Isso me marcou muito. Mas é importante dizer que procuro sempre ser eu, não um produto que deva ser de outra forma. Procuro fazer as coisas do meu jeito e deixar clara minha maneira de ser que, como qualquer pessoa, tem dias bons e ruins.

M&M —  Você tem se interessado por esse lado do marketing ou não liga muito?
Gabigol — Gosto e me interesso. É claro que o meu foco é o futebol, o desempenho dentro de campo, e passo quase todo o tempo treinando no Flamengo ou em casa. Mas gosto de marketing, de coisas criativas e consumo bastante conteúdo, principalmente séries. Converso bastante com o Junior (Pedroso, seu empresário). É evidente que ainda sou muito novo e tenho muito mais coisas a aprender, mas, de vez em quando, tenho algumas ideias boas e curto compartilhar com a nossa equipe. Quando parar de jogar, pode até ser que eu pense em fazer algo junto com o Junior na 4ComM. Essa experiência que estamos construindo pode ser muito boa para que eu possa aprender ainda mais.

M&M —  Como foi participar do processo de criação de seu próprio personagem?
Gabigol — A parte mais comercial, de definições, ficou com o Junior e até com os meus pais. Fico com a parte mais visual, porque gosto e vejo muito desenho também. Esse projeto é uma realização para as pessoas, meu fãs, mas também para mim. Ao mesmo tempo que é divertido, o personagem simboliza o meu sonho, não apenas como um jogador reconhecido, mas também porque sempre gostei desse universo dos desenhos. E estar dentro desse mundo torna tudo ainda mais especial.

M&M —  Como funciona o gerenciamento das suas redes sociais?
Gabigol — Gosto muito de internet, então essa parte fica bem mais fácil. Sou eu quem faço os posts do meu Instagram e Twitter. Apenas algumas coisas não são. Mas interajo muito com o público nas redes sociais e, nesse caso, sempre sou eu. Tento postar algumas coisas do meu dia a dia, algumas coisas fora do campo, gosto também bastante da criatividade dos fãs, sempre procuro ver as coisas que eles postam. E também procuro ser sempre o mais simples possível, para eles verem que realmente sou eu, que não é nada programado e que aquele conteúdo vem da minha cabeça e não da cabeça de outras pessoas. O que posto depende muito do que estou fazendo no dia a dia.

A íntegra desta matéria está publicada na edição semanal de Meio & Mensagem, que até o fim do mês pode ser acessada gratuitamente pela plataforma Acervo, onde é possível consultar ainda todas as edições anteriores que circularam nos 42 anos de história da publicação. Também está aberto a todo o público, gratuitamente, o acesso à versão digital das edições semanais de Meio & Mensagem, no aplicativo para tablets, disponível nos aparelhos com sistema iOS e Android.

*Crédito da imagem de topo: TuiPhotoengineer-iStock

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