Vacinas: empresas que exigirem tendem a ganhar preferência do público

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Vacinas: empresas que exigirem tendem a ganhar preferência do público

Consumidores dos EUA preferem consumir em lojas que exijam a vacinação de seus funcionários, diz pesquisa Ad Age-Harris Pool


24 de agosto de 2021 - 6h00

*Do Advertising Age

(Créditos: Gustavo Fring/Pexels)

As empresas que exigirem que seus funcionários estejam vacinados contra a Covid-19 tendem a ganhar a preferência dos consumidores da geração Z nos Estados Unidos. Mais da metade dos estadunidenses (53%) ouvidos em uma pesquisa realizada pela consultoria Harris Pool, a pedido do Advertising Age, afirmaram que são mais propensos a fazer compras em lojas que exijam a vacinação de seus funcionários. E quase a metade dos pesquisador (49%) declarou que gostaria de fazer compras em estabelecimentos que exigissem que os clientes também estivessem vacinados.

Os consumidores mais jovens mostraram-se mais receptivos às exigências: 62% dos membros da Gerazão Z disseram que preferem fazer suas compras em lojas que exigem a vacinação de seus funcionários, contra 48% dos millennials, 51% dos membros da geração X e 54% dos boomers. A obrigatoriedade da vacinação deve gerar mais impacto entre os consumidores mais velhos: 70% das pessoas com idade entre 76 e 93 anos disseram ser mais propensos a comprar em lojas que fazem a exigência da vacinação entre seus colaboradores.

Realizada nos Estados Unidos, a pesquisa ouviu 1028 pessoas maiores de 18 anos entre os dias 13 e 16 de agosto. A fatia da geração Z nesse estudo é composta pelos respondentes com idades de 18 a 24 anos.

Essas percepções surgem em meio a uma movimentação de grandes companhias em torno da vacinação como forma de prevenir a disseminação do coronavírus, sobretudo da variante delta, que voltou a ampliar os casos de Covid-19 nos Estados Unidos. Empresas como Walmart, Walgreens, McDonald’s, Ube, Lyft e DoorDash estão exigindo vacinas apenas de seus funcionários corporativos e que trabalhem em escritórios. Já outras companhias, como Disney, United Airlines e Alaska Airlines estão indo além e exigindo a vacinação de todos os seus funcionários, incluindo os da linha de frente. Já a exigência de comprovante de vacinação para os clientes é algo mais complicado.

A questão, agora, é como essas exigências podem afetar a opinião pública, o valor dessas marcas e quanto podem impactar potencialmente suas vendas.

A pesquisa aponta que as marcas que não possuem exigências em relação à vacinação podem ter uma perda nas vendas e na percepção perante os consumidores em comparação com as empresas que fazem a exigência. As companhias que fazem a exigência de vacinação para seus times precisam chegar a um acordo junto aos sindicatos e essa decisão ainda está dividindo muitas empresas, como é o caso das companhias áreas. Enquanto algumas delas, como United, Hawaiian e Alaska estão exigindo a vacinação de seus funcionários nos Estados Unidos, outras, como Delta, Southwest e JetBlue estão tratando a questão no âmbito da recomendação. A Delta, entretanto, faz a exigência da imunização no caso dos novos contratados.

Mais da metade dos estadunidenses (54%) declarou que preferem voar em companhias áreas que exigem que os funcionários da linha de frente estejam imunizados contra a Covid-19. Uma quantidade semelhante dos entrevistados (52%) disse que estaria mais propensa a voar com uma companhia área que também exigisse a vacinação de seus passageiros.

Na categoria fitness, marcas como Equinoz e SoulCyrcle estão exigindo comprovante de vacinação tanto dos seus funcionários quanto dos clientes. Entre os pesquisados, 42% declarou a preferência por frequentar uma academia que exija a vacinação de seus funcionários, enquanto 43% declarou que preferia uma academia que exigisse a vacinação tanto dos visitantes quanto dos colaboradores.

Noah Posnick, VP and head of production for brand advisory and advertising production da consultoria Mbc Services diz que as marcas que priorizarem a saúde e segurança d seus funcionários e clientes tendem a se beneficiar. “Mais pessoas nos Estados Unidos preferem uma marca que se preocupe. Seria inteligente se as empresas que adotem essa postura tornassem isso público, mas não como se estivessem dando tapinhas nas costas em voz alta. É uma oportunidade para construir fidelidade às marcas agora simplesmente fazendo a coisa certa. Nem todas as marcas farão isso e, certamente, isso será notado”, declarou.

A pesquisa feito pelo Harris-Poll junto ao Ad Age também mostrou que os consumidores dos Estados Unidos querem saber a postura das marca, especialmente por meio da publicidade. Para 76% dos entrevistados, as empresas que fizeram a exigência da vacinação de seus funcionários devem mencionar isso em suas campanhas publicitárias; 69% dos entrevistados também disseram que os clientes têm direito de saber se uma empresa exige a vacinação de seus colaboradores.

Segundo Linda Goldstein, sócia da empresa de advocacia BakerHostetler, não há impedimento legal para que uma empresa coloque essa mensagem em sua publicidade. “O ativismo das marcas tornou-se um importante componente dos esforços de marketing como uma maneira de se conectar com os consumidores em importantes questões políticas e sociais”, acrescenta ela, destacando, no entanto, que os esforços das marcas precisam ser genuínos e condizentes com suas práticas.

No geral, quase metade nos estadunidenses (47%) acredita que as empresas devam exigir que seus colaboradores seja vacinados, segundo a mesma. A maioria (64%)a acredita que a exigência da vacinação será a única maneira pela qual os Estados Unidos irá se recuperar da pandemia.

Em relação às políticas de exigência dos consumidores, algumas medidas não são opcionais. A cidade de Nova York, por exemplo, declarou que exigiria o comprovante de vacinação das pessoas que frequentasse seus restaurantes, academias e locais fechados de entretenimento.

Mais estadunidenses acrreditam que os funcionários que trabalhem no atendimento direto aos consumidores deveria ter exigência da vacinação mais do que aqueles que trabalham em escritórios: enquanto 49% dizem que seriam necessário exigir a vacinação dos funcionários que lidem com o público, apenas 34% acreditam que a mesma exigência deve ser feita com os funcionários que trabalhem em escritórios. A opinião sobre a necessidade da vacinação também varia de acordo com o setor avaliado: 69% acreditam que aqueles que trabalhem na área da saúde devem ter de mostrar o comprovante de vacinação; 58% opinaram que exigência deve valer para os profissionais da indústria de alimentos, como bartenders e garçons. Já 45% acham que a exigência da vacinação deve ser feita para as pessoas que trabalhem na área de serviços, como caixas e bancários.

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