Os planos de crescimento da Casa & Video

Carolina Huertas
30 de março de 2022 - 6h01

Rede pretende inaugurar 40 unidades em 2022 (crédito: divulgação)

Fundada há 33 anos no Rio de Janeiro, a Casa & Video alcançou 200 lojas físicas na região Sudeste em novembro de 2021. Além do Rio, a bandeira agora está presente também em São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. Foram 15 inaugurações ano passado e 40 previstas em 2022. A varejista obteve receita líquida de R$ 1,1 bilhão em 2020, 11% acima de 2019, e, nesses últimos dois anos, dobrou o número da operação. O plano de expansão da rede prevê, ainda, triplicar a quantidade de lojas que tinha no começo do ano passado até 2025, chegando a 500 unidades. Neste caminho de crescimento, o e-commerce — que representava 2% das vendas antes da pandemia e agora responde por 13% — é um dos principais focos da empresa, como explica Vitor Murakami, que assumiu como diretor de marketing em janeiro com a missão de acelerar esse processo.

Vitor Murakami, diretor de marketing da Casa & Video (Crédito: Divulgação)

Meio & Mensagem — Qual é a importância do e-commerce para a rede e quais foram os investimentos feitos nos canais digitais nos últimos anos? 

Vitor Murakami — Entrei na Casa & Video com o objetivo de fortalecer os canais digitais. Hoje, o nosso e-commerce já representa em torno de 13% das vendas, em janeiro estava em 10%, e colocamos a meta de dobrar este valor ainda este ano. A expansão colabora muito com a questão do e-commerce. Esta é uma estratégia que vem junto. A expansão pelo Sudeste tem também o objetivo de facilitar as entregas do e-commerce porque, hoje, um argumento muito forte é a entrega rápida, você poder retirar o produto em três horas. A estratégia da performance do e-commerce vem junto com a escolha dos pontos onde temos capilaridade para poder entregar rápido. A nossa ideia para o e-commerce também é trazer um público novo, por isso estamos em um momento de branding da Casa & Video de buscar um público mais jovem. A Americanas fez esse rebranding alguns anos atrás, onde passou de uma marca de ponto de venda só de doce, bala e biscoito para a Americanas que conhecemos hoje, e nós estamos passando por essa fase agora, de renovar e mirar um público mais digitalizado, que por consequência é mais jovem. 

M&M — Quais são as estratégias neste momento de expansão?  

Vitor — Tem um outro viés estratégico que nos ajudará a atingir esses novos públicos e fazer essa virada de marca que queremos a partir deste ano que é a construção de marcas próprias. A Casa & Video já tem como marcas próprias a Cazza, linha de decoração, organização e lavanderia; a Bolder, linha de ferramentas e jardinagem; a Play&Fun, de brinquedos e jogos; e Casa do Chef, com panelas, utensílios e potes. Se você entrar hoje em uma das lojas, a probabilidade de você pegar um produto produto próprio bom e com preço bom é grande. Estamos em uma linha de trabalho de criação e melhoria das marcas próprias muito forte a partir desse mês e ainda este ano vamos ter um redesenho. Esse será um caminho para nos diferenciarmos, porque acreditamos que pelo tamanho que temos, por ser só Sudeste, nós não vamos conseguir ficar brigando por preço com Magalu e Americanas. Então, a nossa linha de trabalho que nos posicionará como queremos em um outro patamar é fazer coisas de qualidade com preço justo, com marcas feitas pela Casa & Video.