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Abril inicia reestruturação mas nega recuperação judicial

Arnaldo Figueiredo Tibyriçá, presidente do grupo, afirma que os cortes são parte do movimento de redesenho de estruturas e processos

i 14 de dezembro de 2017 - 14h36

Logo após a notícia de que Patrícia Weiss, então diretora da área de branded content da Abril, deixou a empresa,  nesta quinta-feira, 14, Arnaldo Figueiredo Tibyriçá, CEO do Grupo Abril, afirmou, em nota, que, de fato, foi iniciada uma reestruturação que resultou no desligamento de alguns colaboradores. A empresa não confirmou o número de funcionários demitidos e nem quantos serão desligados até fevereiro, como alguns sites chegaram a cogitar.

“Esse movimento viabilizou um redesenho de estrutura e processos. Nosso objetivo com isso é lidar com um legado estrutural dos tempos em que tínhamos um portfólio de negócios mais diversificado e, ao mesmo tempo, ajustar a estrutura para alavancar nossos negócios atuais. É um movimento voltado para a eficiência e rentabilidade por meio da redução e simplificação da nossa estrutura”, diz a nota enviada por Tibyriçá ao Meio & Mensagem.

Sobre boatos relacionados a uma possível recuperação judicial do grupo, Tibyriçá afirmou que isso não procede. “Garanto que isso não faz parte da minha missão porque a superação de nossos desafios não requer medidas desse tipo. Profissionalmente, apesar da minha formação jurídica, eu não tenho nenhum interesse em participar de um cenário desses. Aceitei o desafio de ser presidente da Abril para gerar valor e lidar com desafios de negócios. Alimentar boatos equivocados como esse indica apenas um desconhecimento sobre nossos negócios. ”

Em entrevista ao Meio & Mensagem, em novembro, assim que assumiu a direção do grupo, Tibyriçá afirmou que a empresa tem espaço e necessidade para reduzir custos. “O que aconteceu com a Abril é que existe uma consciência do que éramos e da estrutura que demandávamos e do que somos agora. E quando você se depara com novas realidades, precisa fazer ajustes constantes em sua estrutura. Precisamos fazer mais com menos, ser mais eficientes e deixar para trás uma realidade que não usamos mais”, disse.