Facebook explica seu plano sobre metaverso

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Facebook explica seu plano sobre metaverso

O relatório quadrimestral da rede social dá detalhes sobre o impacto do iOS e revela uma nova estrutura de negócio em realidade virtual


27 de outubro de 2021 - 13h45

*Por Garett Sloane, do Advertising Age

O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, destacou seus planos para o futuro da companhia no “metaverso”, que é visto como o potencial salvador da rede social. No mundo real, o Facebook está sob ataque depois de uma enxurrada de relatórios de denúncia e após a Apple mudar as regras do iPhone, que ferem o negócio de anúncios do Facebook.

 

Facebook planeja lançar seu metaverso completo até o final da década (Crédito: Askarim/Shutterstock)

Na segunda-feira, 25, Zuckerberg defendeu o registro de sua empresa e deu mais detalhes sobre onde o Facebook está indo com os planos no metaverso – a economia digital alternativa que está tomando forma na realidade virtual e aumentada.

No ano que vem, o Facebook irá construir drasticamente seus investimentos em inteligência artificial, correção de anúncios, e no Facebook Reality Labs, o qual Zuckerberg aponta como sua próxima grande plataforma. Entretanto, o metaverso não vai estar pronto para fazer dinheiro significativamente até o final da década, diz Zuckerberg.

“Nós esperamos que, até o final da década, nós possamos ajudar bilhões de pessoas a usar o metaverso”, diz o fundador do Facebook. O Facebook está gastando mais para apoiar seus esforços. A companhia está gastando cerca de U$19 bilhões em despesas capitais em 2021 e espera que isso aumente até entre U$29 bilhões e U$34 bilhões em 2022.

Na quinta-feira, 28, o Facebook irá comandar o Connect, um encontro de desenvolvedores de realidade virtual onde são revelados novos produtos e serviços. Foi anunciado que o Facebook pode adotar um novo nome para partes dos negócios que recaiam sob o Reality Labs. Anunciantes disseram que a empresa pode querer colocar uma distância entre sua propriedade homônima e a próxima geração de plataformas que estão sendo desenvolvidas.

Não é claro o quanto da nova identidade será aplicado nos negócios de realidade virtual do Facebook. Zuckerberg disse às pessoas para se conectar ao Connect na quinta-feira para ouvir mais sobre os projetos como o Horizon, uma das principais plataformas virtuais dentro do Reality Labs.

Construindo a próxima plataforma de computação irá “diminuir a dependência” de plataformas de fora para os negócios do Facebook, diz Zuckerberg. Também irá abrir um novo mundo de oportunidades. “Se você está no metaverso todo dia, então você precisará de roupas e ferramentas digitais”, diz o fundador da rede social.

Enquanto isso, Mark Zuckerberg defendeu sua companhia das críticas recentes que tem atingido seu legado. Nos meses recentes, o denunciante Frances Haugen, um ex-funcionária do Facebook, tem falado para a mídia e oficiais do governo sobre uma possível má gestão na empresa. O Instagram tem sido criticado por seus efeitos negativos nos jovens, e as informações internas de Haugen mostram que a companhia tem estudado o problema mas nunca o arrumou. Haugen também acusou o Facebook de espalhar intencionalmente as informações mais dividias para alavancar sua atividade, e essa dinâmica é prejudicial para a coesão social.

Zuckerberg estava animado em falar contra como sua empresa foi retratada pela imprensa. O Facebook investiu U$5 bilhões no ano passado em segurança da comunidade, diz Zuckerberg. “Eu acredito que isso é mais que qualquer outra empresa de tecnologia, mesmo ajustado em escala”, completou Zuckerberg. “Estou orgulhoso de nosso registro”, complementou.

Publicidade versus rastreamento
O CEO falou depois da empresa soltar o relatórios de ganhos do terceiro quadrimestre, que mostrou exatamente o quanto as mudanças de dados da Apple esse ano afetaram a publicidade.

O Facebook afirma que o metaverso irá esculpir um novo segmento no próximo relatório financeiro do quarto trimestre para divulgar a força do Facebook Reality Labs, que é um segmento que Zuckerberg vê como o futuro da companhia, mas mas agora está sugando dinheiro.

Por ora, os lucros publicitários da empresa estão em queda. Os ganhos foram prejudicados por mudanças na privacidade de dados dos usuários do iOS, sistema operacional da Apple.

O Facebook gerou U$28.3 bilhões em receita de anúncios no seu terceiro trimestre, subindo 33% em relação ao mesmo período do ano passado, mas ligeiramente menor que os U$28,5 bilhões do segundo trimestre do ano. A receita de anúncios teria aumentado sequencialmente, trimestre, se a Apple não tivesse ajustado seu software, disse Sheryl Sandberg, COO do Facebook, em uma chamada com os analistas.

As mudanças da Apple no software iOS do iPhone estão balançando o mundo da publicidade digital desde que adotaram a Transparência de Rastreamento de Aplicativos. A política tem facilitado para os usuários a negar o rastreamento que os anunciantes usam para seguir um consumidor de um app como o Facebook para seus sites. Quando um anúncio leva a uma venda fora da rede social, ela não pode rastrear e reporta de volta para os anunciantes, mas o Facebook tem dito que ainda acredita que seus anúncios estão funcionando. A companhia apenas não detecta as conversões tão claramente.

Sandberg disse que, no final do ano, o Facebook pode recuperar um pouco da clareza na hora de reportar de volta às marcas, porque está desenvolvendo novas formas de medição. Entretanto, será mais difícil desenvolver formas alternativas de direcionar anúncios, diz a COO.

O Facebook está trabalhando em formas de medir e direcionar anúncios que dependem menos das informações pessoais compartilhada entre apps e mais na inteligência artificial e dados encriptados. A medição do Facebook pode funcionar principalmente por conta própria, mas para direcionar, a empresa precisa trabalhar com outros stakeholders da indústria, disse Sandberg.

Os executivos do Facebook também falaram sobre como eles estão empurrando os negócios para abrir uma loja na rede social com novas ferramentas de comércio, e evoluindo o criador econômico nos apps, a fim de contornar os controles da Apple. Quanto mais atividade o Facebook mantém em seu ecossistema, menos depende das conexões que levam para outras partes dos aparelhos da Apple, como o Safari.

O Facebook prevê que irá gerar entre U$31.5 e U$34 bilhões em receita de anúncios no quarto trimestre. A incerteza é por causa da Apple, dizem os executivos. “Nós ainda não passamos por uma temporada de feriados com essas mudanças [da Apple] e os preços sobem demais durante os feriados”, diz David Wehner, CFO do Facebook.

Os preços dos anúncios estão crescendo dentro do ecossistema de publicidade digital. No Facebook, o preço das impressões dos anúncios subiu 22% ano após ano no terceiro trimestre, de acordo com os relatórios da empresa.

**Traduzido por Henrique Cesar

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