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Alimentos e bebidas impulsionam crescimento do e-commerce

Canal registrou vendas de R$ 182,7  bilhões em 2021, alta de 27%, segundo dados da pesquisa NielsenIQ|Ebit em parceria com Bexs Pay


31 de março de 2022 - 13h23

Comprovando a tendência da continuação de compras digitais no curso do pós-pandemia, o e-commerce registrou números promissores no acumulado do ano passado. O levantamento Webshoppers 45, da NielsenIQ|Ebit, em parceria com a Bexs Pay, mostra que o canal registrou vendas de R$ 182,7  bilhões, o que representa crescimento de 27% na comparação com 2020, ano em que a crise sanitária teve início. Entre as categorias responsáveis pelo aumento da frequência de compras online está a de alimentos e bebidas, que teve um aumento de 107% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. 

E-commerce de alimentos e bebidas é habito que se consolidou com a pandemia (Crédito: McLittle Stock/shutterstock)

Os dados indicam uma quebra de paradigmas do passado, de que o e-commerce é um canal mais viável para a realização de compras de eletroeletrônicos e celulares, conforme explica Marcelo Osanai, head de e-commerce da NielsenIQ|Ebit. Ele salienta que o hábito de compras de supermercado por meio de plataformas digitais foi consolidado em 2021. 

Vale lembrar que, devido à inflação, os itens da categoria sofreram alta nos preços, refletidas no e-commerce. Segundo o estudo, a maior expansão de vendas foi de hortifrutigranjeiros (119,4%), sobremesas & confeitaria (50,8%), bomboniere (48,9%), matinais (29,2%) e mercearia (22,7%). Contudo, é importante ressaltar que, ainda assim, o aumento pouco contribui para o faturamento total do e-commerce, com apenas 2%, uma vez que os produtos são de alto giro, mas com custo baixo. Neste caso, os principais impulsionadores são os eletrodomésticos (21%), telefonia (20%), casa e decoração (11%) e informática (10%).

As demais categorias que tiveram aumento incluem a de bebê & cia, com crescimento de 34%; construção & ferramentas e informática, com 31% e 24%, respectivamente. Outro destaque é o chamado e-commerce cross-border, em que os consumidores buscam comprar de lojas online estrangeiras. A modalidade teve aumento acima do total geral do mercado brasileiro: em relação a 2020, o faturamento subiu em 60% chegando a R$ 36,2 bilhões. Segundo o CEO da Bexs Pay, Luiz Henrique Didier Jr, a movimentação está ligada à oportunidade de compra de diversos itens disponíveis no mundo inteiro, além da facilidade de pagamento com métodos locais, como Pix e boleto.

O canal digital recebeu ainda 12,9 milhões de novos consumidores, somando-se aos cerca de 75 milhões já existentes. Estes gastaram um valor médio de R$ 454 reais nas compras, contra R$ 441 do tíquete médio geral do público que já comprava via e-commerce (aumento de 4% em relação a 2020). Quando o assunto é localização, a região Sudeste lidera o ranking, com 63% de todo o total de vendas — uma alta de 21% em relação ao ano anterior. Na sequência, aparecem as regiões Sul (15%), Nordeste (12%), Centro-Oeste (7%) e Norte (3%). Para esta última, ainda que a participação do total seja menor, a região foi a que mais registrou aumento na comparação com 2020, com uma alta de 31% nas vendas. 

Um dos facilitadores são os smartphones, que proporcionam compras em poucos cliques e com maior simplicidade. Ao todo, foram 239,6 milhões de pedidos efetuados em 2021, representando mais de metade (59%) do total. Marcas também vêm oferecendo vantagens para estimular o consumo, como o frete grátis. O estudo mostra que o aumento do benefício foi de 10 pontos, alcançando 47% do total.

Acompanhe mais sobre as tendências para o e-commerce no Brasil.

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