Carnaval: festas menores prevalecerão após vacina
Público é a favor do adiamento das comemorações da festa nacional, segundo estudo realizado por MindMiners e Estalo
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Thaís Monteiro
17 de setembro de 2020 - 6h00
Uma pesquisa realizada pela MindMiners à pedido da Estalo, agência de marketing 360 que trabalha com carnaval de rua há uma década, indica que 49% dos brasileiros darão preferência a festas e blocos menores no Carnaval, mesmo após uma vacina para a Covid-19. Além disso, a maioria é favor do cancelamento da festa nacional em 2021.
Cidades como São Paulo já decidiram adiar o carnaval de rua e os desfiles das escolas de samba; nova data ainda será definida (Crédito: Vladimir Soares/Unsplash)
O estudo quantitativo e online ouviu mil pessoas a partir de 18 anos de idade nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife/Olinda, Salvador e Belo Horizonte. Dessas, 67% são favoráveis à suspensão do carnaval no próximo ano. A predileção pelo cancelamento é maior entre os mais velhos: 69% dos entrevistados entre 25 e 44 anos, 72% dos acima de 45 anos. Dos jovens entre 28 e 24 anos, 25% acreditam que o evento deve ser realizado mais para frente em 2021. Caso o adiamento da data ocorra, cerca de 31%´só participarão das comemorações caso a vacina esteja disponível e 50% não pretendem comemorar.
Um dos questionamentos levantados pela pesquisa envolveu a percepção do público sobre marcas que anunciam no Carnaval estarem presentes nas comemorações da festa em fevereiro de 2021. Para 28% do público, esse ato implicaria em uma imagem negativa para o anunciante. Se a festa for adiada, a maioria afirma ser indiferente ao anúncio.Para Maíra Holtz, diretora comercial da Estalo, diante do momento atual e das incertezas sobre a realização da festa em 2021, a comunicação das marcas em relação ao Carnaval deve ser otimista, tendo em vista que a data é um momento de alívio, renovação das energias e resgate da alegria diante das privações de experiências que o mundo vive e viveu nestes últimos meses. No entanto, quando ele voltar a acontecer em condições normais, após a vacina, Holtz sugere que as marcas devem preparar um evento histórico. “O carnaval de 1919, logo após a gripe espanhola, foi o maior e mais alegre Carnaval que o Rio de Janeiro já viu: uma liberação de tensões represadas que revolucionou os costumes dos foliões. Acho que vamos ver algo parecido acontecer aqui”, lembra.
“Brasil ainda não tem um case no Carnaval”
Há, ainda, a possibilidade de que a festa nacional, assim como a de São João, ocorra via transmissões ao vivo de plataformas, artistas e emissoras de televisão. Nesse caso, as oportunidades para anunciantes vão desde projetos proprietários até ações pontuais e merchandising de produtos em transmissões de terceiros. A exposição de marca pode ser convertida em vendas por live shopping e repercussão via imprensa, redes sociais e percepção positiva já que o anunciante age como agente viabilizador de projetos culturais.
No entanto, a agência acredita que até o período tradicional do carnaval, já seja possível realizar eventos controlados com segurança. A própria Estalo já desenvolve formatos alternativos pensando nessa possibilidade, que pretende apresentar ao mercado em breve.“O carnaval é a festa mais popular do País. A associação das marcas com a data gera forte conexão emocional: a marca ganha a percepção de uma apoiadora dessa alegria. Passa a fazer parte de boas lembranças da vida daquele consumidor, é eternizada em fotos e posts que serão revistos ao longo da sua história. O carnaval fortalece atributos de brasilidade, jovialidade, festa, energia, alegria, regionalismo e apoio a cultura nacional. Além, é claro, de ser um dos grandes momentos de consumo para alguns segmentos de mercado como o de bebidas”, afirma a executiva.
**Crédito da imagem de topo: Cristiano Babini/iStock
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