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Marketing

Cresce a presença de CEOs brasileiros nas redes sociais

Estudo aponta que, desde 2017, houve crescimento de 66% no número de CEOs ativos no LinkedIn e Twitter entre as maiores empresas do País


6 de setembro de 2019 - 6h00

Crédito: Reprodução

Os CEOs das maiores empresas do Brasil estão cada vez mais presentes nas redes sociais, conforme apontou um levantamento realizado pela rede de agências de marketing e relações públicas Ecco, presente em 40 países. O Estudo analisou a existência ou não de perfis de CEOs das 20 maiores empresas em cada um dos 21 países participantes. O estudo levou em consideração contas no Twitter e LinkedIn e comparou os resultados com dados obtidos em 2017.

Considerando as duas redes sociais, houve um crescimento de 66% na quantidade de CEOs ativos no Brasil. Há dois anos, havia apenas nove CEOs ativos no LinkedIn entre as 20 empresas com maior valor de mercado — e nenhum no Twitter. Este ano, no mesmo grupo, foram identificadas 14 contas em atividade no LinkedIn, e uma no Twitter. Somente no LinkedIn, o aumento foi de 55%.

Ingrid Rauscher, CEO da Ads Comunicação Corporativa, agência da Ecco no Brasil, afirma que é positivo que altos executivos estejam nas redes sociais, pois assim conseguem exercer influência sobre stakeholders da empresa. “Isso os aproxima dos clientes e públicos de interesse de suas empresas, além de permitir que acompanhem melhor o que é compartilhado e comentado sobre a empresa e seu mercado nesses canais”, afirma.

Porém, sempre há o risco de os CEOs manifestarem posições pessoais controversas e em desacordo ao posicionamento institucional das empresas que representam, pondera Ingrid. Outro risco é que o perfil do executivo se torne um palco de denúncias e reclamações de consumidores, revelando problemas da empresa que não deveriam ser discutidos publicamente.

“É imprescindível que haja um alinhamento da comunicação do CEO com o posicionamento institucional de toda a empresa, respeitando seus valores, sua visão e seus propósitos. O executivo nunca pode se esquecer de que representa uma empresa o tempo todo, mesmo quando fala em um perfil pessoal somente para seguidores autorizados numa rede social”, acrescenta Ingrid.

Considerando todas as nações pesquisadas, há 58% de presença dos CEOs no LinkedIn e 17% no Twitter. O Brasil apresenta um quadro diferente, onde o índice de executivos participantes no LinkedIn atinge 70%, e fica abaixo da média no Twitter, onde estão apenas 5% dos principais CEOs.

Gustavo Werneck, da Gerdau, é o único CEO presente no Twitter entre os executivos das maiores empresas brasileiras. No Linkedin, também estão presentes profissionais como Candido Botelho Bracher (Itaú), Roberto Castello Branco (Petrobras), Bernardo Pinto Paiva (Ambev) e Gilberto Tomazoni (JBS). As 20 empresas brasileiras consideradas foram Ambev, Banco do Brasil, BB Seguridade, BM&F Bovespa (B3), Bradesco, Braskem, BRF, Cemig, CPFL Energia, Eletrobrás, Gerdau, Itaú, JBS, Nossa Caixa, Petrobras, Sabesp, Santander, Telefônica Brasil, Vale e Votorantim.

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