Assinar

Executivo escolhido para liderar BRF gerenciou crise na Itambé

Buscar

Executivo escolhido para liderar BRF gerenciou crise na Itambé

Buscar
Publicidade
Marketing

Executivo escolhido para liderar BRF gerenciou crise na Itambé

Alexandre Almeida, ex-CEO da empresa de laticínios, conduziu, no ano passado, um processo de gestão de imagem no caso de um garoto que morreu após ingerir o achocolatado Itambezinho


29 de março de 2017 - 13h07

O executivo Alexandre Almeida, ex-CEO da Itambé, foi escolhido pela BRF para conduzir seus negócios no Brasil. De acordo com comunicado da companhia, emitido na noite desta terça-feira, 28, Almeida será responsável por “conduzir o processo de integração e dar sequência às iniciativas prioritárias já em curso”. Almeida substituirá Rafael Ivanisk, até então general manager no Brasil. “Essa nova configuração permite um foco adicional na gestão agroindustrial”, disse a BRF, em comunicado.

Em setembro do ano passado, o então CEO da Itambé foi responsável por conduzir a maior crise de imagem já vivida pela empresa mineira. No final de agosto, a Vigilância Sanitária do Mato Grosso notificou a Itambé após um garoto de dois anos ter morrido ao consumir o achocolatado Itambezinho. No mesmo dia, um comitê de crise foi acionado e envolveu quase duas mil pessoas de áreas como Relações Institucionais, Recursos Humanos, Produção e Marketing.

“Contávamos com um comitê que reunia as primeiras pessoas responsáveis a serem acionadas em um caso como este. Tínhamos um trabalho prévio de treinar as pessoas que falam com a imprensa e um plano definido, mas tem coisa que só se aprende na prática quando o assunto é crise”, disse Almeida ao Meio & Mensagem na ocasião.

O executivo ressaltou que o prejuízo foi calculado em R$ 500 mil que deixaram de ser faturados. “Teve também um custo de recolhimento, retiramos quatro mil unidades de um total de 310 mil. E envolvemos 1600 pessoas internamente incluindo vendas e estruturas de atendimento”, disse. Uma semana após o primeiro laudo da Vigilância Sanitária, a Polícia do Mato Grosso informou que se tratava de envenenamento, logo, não havia responsabilidade da Itambé e, tampouco, contaminação do produto. “A crise nos deu a oportunidade de reforçar, junto ao público, a questão da credibilidade e saímos internamente muito fortalecidos. O caso, apesar de triste e trágico, nos mostrou o potencial de engajamento da marca e a importância de ter transparência”, disse Almeida.

Almeida assume os negócios da BRF em um dos momentos mais desafiadores para a companhia que vive o reflexo da Operação Carne Fraca e já havia colocado em curso um processo de reestruturação diante de resultados não satisfatórios aos acionistas. Na semana passada, a empresa anunciou a criação de um grupo certificador de qualidade para “reatestar a adesão da companhia aos padrões internacionais de qualidade”. Também na noite desta terça-feira, 28, conforme adiantou Meio & Mensagem, a BRF escolheu Pedro Navio, ex-Red Bull, para liderar sua área de marketing.

Publicidade

Compartilhe

Veja também