Granado/Phebo: e-commerce e parcerias contra a Covid-19
Sissi Freeman, diretora de marketing da companhia, comenta estratégias para manter em alta o e-commerce, que cresceu 600% nos meses de março e abril
Granado/Phebo: e-commerce e parcerias contra a Covid-19
BuscarGranado/Phebo: e-commerce e parcerias contra a Covid-19
BuscarSissi Freeman, diretora de marketing da companhia, comenta estratégias para manter em alta o e-commerce, que cresceu 600% nos meses de março e abril
Roseani Rocha
5 de maio de 2020 - 6h00
O ano de 2020 deveria ser apenas de comemoração para a Granado. Em janeiro, a companhia fundada no Brasil por um imigrante português como uma botica completou 150 anos e chegou a organizar uma exposição para celebrar sua longa trajetória no Museu Histórico Nacional do Rio de Janeiro. Agora, enfrentar uma pandemia e todas as suas consequências na vida e nos negócios será outro fato para entrar na linha do tempo da Granado/Phebo neste ano icônico. Mas se as lojas estão fechadas, no e-commerce as marcas do grupo têm mostrado sua força. Em março, as vendas subiram 207% e em abril (até o dia 21) o percentual de crescimento era de 352%.
Já neste mês de maio, tendo como foco o Dia das Mães e o cenário brasileiro, que demanda doses extras de solidariedade, em qualquer formato, inclusive de álcool em gel, a Granado doará para a Unicef uma unidade do produto a cada venda feita em seu site, nas compras entre 4/05 e 10/05 (em março, haviam sido doados cinco mil litros de sabonete e xampu; e em abril, mais de R$ 200 mil à campanha Rio Contra Corona, do movimento União Rio).
Granado chega aos 150 em crescimento
E movimentar os negócios também demanda parcerias. Também para o Dia das Mães, produtos da linha Amazonian Phebo (esponja vegetal e sabonete) serão vendidos junto com um robe da grife feminina Eva, do Grupo Reserva. Sissi Freeman, diretora de marketing da Granado/Phebo comenta esta e outras iniciativas na entrevista a seguir.
Meio & Mensagem – Qual era o status da operação de e-commerce da Granado antes da pandemia, em relação a este momento em que o e-commerce se tornou – para muitas marcas – o único canal de vendas?
Sissi Freeman – Há anos o site vem crescendo e desde o ano passado passou a disputar o primeiro lugar entre as lojas da Granado/Phebo. Por conta da alta demanda nas últimas duas Black Fridays, no final do ano passado ele foi inteiramente reformulado para facilitar a compra para o cliente e o faturamento internamente.
M&M – Depois do confinamento, fizeram alguma alteração em sua operação de e-commerce? Se sim, em que sentido principalmente? (estrutura, interface com o usuário?)
Sissi – Em março e abril, tivemos um crescimento de 600% em relação ao mesmo período no ano anterior. Por conta disto, tivemos que aumentar o número de pessoas no faturamento para agilizar o envio dos pedidos. Em março, oferecemos frete grátis e descontos aos consumidores e em abril 10% das vendas foram doados para o União Rio/ Rio Contra o Corona.
M&M – Vocês tiveram uma alta na demanda do e-commerce, claro, mas como está a questão logística para entregas? O Brasil sempre foi apontado como complicado nessa frente. Isso melhorou ultimamente ou depende da região?
Sissi – Temos uma longa parceria com os Correios e eles têm nos atendido super bem. Por conta do alto número de pedidos, aumentamos um pouco o prazo de entrega e para agilizar o faturamento, eles nos ofereceram uma equipe para ajudar na etiquetagem dos pacotes.
M&M – Estamos nos aproximando do Dia das Mães, que costumava ser para o varejo “o segundo Natal”. Qual sua expectativa com a data este ano? E quais foram os principais impactos disso tudo na comunicação das marcas do grupo?
Sissi – Por mais que o site esteja vendendo muito bem, não tem como ele compensar as mais de 80 lojas fechadas. Tínhamos alguns lançamentos para a data que guardamos para o segundo semestre e outros como a colônia Violeta que estava chegando às lojas foi mantido, mas com mídias com QR Code levando para o site. Também fizemos um catálogo virtual e aumentamos as mídias online e trabalho com influenciadoras.
M&M – Vi que, com Phebo, vocês fizeram uma parceria com a Eva, grife feminina do grupo Reserva, para Dia das Mães. Qual a importância da colaboração entre as marcas em tempos normais e neste momento atípico que vivemos em especial?
Sissi – As colaborações são sempre positivas porque nos expõem e apresentam para públicos novos. Hoje esta troca é ainda mais importante, já que a divulgação acaba sendo feita por meio das mídias sociais e muitas vezes revertem diretamente em vendas no site. A Eva é uma marca jovem, criativa que acreditamos ter muito em comum com o público da Phebo que busca cor e ousadia em suas criações.
M&M – Soube que vocês esperam que parte da alta registrada agora no e-commerce se mantenha, mesmo após a pandemia e a flexibilização do confinamento. É possível estimar de quanto seria essa alta?
Sissi – Vimos um grande aumento de novos cadastros de clientes e também de consumidores de faixas etárias mais elevadas. Acreditamos que estejam comprando por meio deste canal online pela primeira vez e que se a experiência for positiva, possam voltar a comprar desta forma. O nosso site também oferece coleta em loja, o que minimiza o tempo que o consumidor ficará dentro da loja, o que acreditamos também ser uma tendência pós pandemia.
Compartilhe
Veja também
Azzas 2154 reduz portfólio e elimina Dzarm, Alme e Reserva feminina
Holding de moda, vestuário e calçados afirma ter concluído revisão do portfólio e tomado a decisão com foco de “melhorar a alocação de capital”
Coqueiro transforma lata de atum em caixa de som
Marca de peixes enlatados da Camil Alimentos usa humor para esclarecer fake news sobre suas embalagens transferirem metais pesados para os pescados