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Jovens da geração Y querem tecnologia

Brasileiros entre 18 e 30 anos consideram a tecnologia eficaz para resolver problemas como exclusão social e desemprego, segundo pesquisa realizada pela Telefónica e Financial Times


6 de junho de 2013 - 3h49

“A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte”. A música dos Titãs que sonorizou os desejos dos jovens na década de 1980 ganharia uma versão diferente se fosse composta para representar os anseios dos brasileiros entre 18 e 30 anos de hoje em dia.

Os millennials, como são classificados, não dariam o título da canção de “Comida” como o grupo de rock fez para simbolizar a maior necessidade. Colocariam “Tecnologia”. O item foi o mais mencionado na pesquisa realizada pela Telefónica em parceria com Financial Times. Para a coleta de dados, 12 mil integrantes da geração Y de 27 países, incluindo 1.028 brasileiros, foram consultados via internet.

De acordo com o estudo, 92% dos jovens do Brasil veem a tecnologia como o meio capaz de transpor as barreiras de linguagem, 85% afirmam que com o uso aumentam as chances de encontrar um emprego e 71% de criar oportunidades de inclusão. Em comparação ao pares globais, 26% dos brasileiros consideram que estão fortemente inteirados com as novidades tecnológicas, enquanto 19% dos jovens de outros países dizem compartilhar deste interesse.

Futuro
Em relação ao futuro, 37% acreditam que a tecnologia é o caminho para garantir sucesso pessoal. Acreditam que votar (91%), casar com quem se escolhe (81%) e liberdade de expressão (81%) são direitos. A amostra também aponta que o interesse dos millenials brasileiros ultrapassa a tecnologia e se desdobra em economia, desigualdade social, educação e liberdade pessoal. Mais de 80% têm esperanças de melhoras para o País.

Guerra dos sexos
No Brasil, homens e mulheres percebem a tecnologia de formas diferentes. A partir da pesquisa, constata-se que (32%) homens se consideram mais interessados em tecnologia do que as mulheres (21%). Os integrantes do sexo masculino também dizem que a tecnologia influência na maneira como enxergam a vida (42% frente a 21% do feminino).

As afirmações foram anunciadas na conferência FT-Telefónica Millennials Summit: The Interactive Generation, realizada nesta quinta-feira 06, em São Paulo.

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