O que faz um head de e-commerce?
Profissional que ocupa esse cargo atualmente deve ter habilidades multidisciplinares, lidar com múltiplos stakeholders e fazer o consumidor evoluir no funil de conversão
Profissional que ocupa esse cargo atualmente deve ter habilidades multidisciplinares, lidar com múltiplos stakeholders e fazer o consumidor evoluir no funil de conversão
Amanda Schnaider
12 de dezembro de 2023 - 6h00
Em setembro, o Rappi Brasil promoveu Priscila Braga, que antes atuava como líder de restaurantes no aplicativo, a head de e-commerce. Outras empresas, como a Reckitt Health & Nutrition e a Natura também contam com líderes de e-commerce em suas operações. Mas, em um mercado cada vez mais digital, o que faz um head de e-commerce?
“Como head de e-commerce, sou responsável pela estratégia e gestão total da área, incluindo orçamento, estratégia, planejamento e execução de e-commerce no Brasil, que inclui sub-categorias diversas como beleza & saúde, brinquedos, presentes & flores, casa & decoração, moda, esporte, entre outras”, afirma Priscila.
No caso de Rappi, Priscila ainda está à frente do relacionamento com as marcas que já estão no aplicativo, bem como da busca por novos parceiros estratégicos, além da interface com stakeholders importantes para o negócio, como parceiros de tecnologia.
A head ainda é responsável por toda a gestão de time, alinhamentos e priorizações com as áreas internas, como equipes globais de produto, operação, CRM, marketing, finanças. “Gerenciar pessoas é o maior desafio e também um dos maiores prazeres que tenho na minha carreira”, reforça Priscila.
Para gerir toda uma área, o profissional no cargo de head de e-commerce deve ter conhecimento das ferramentas de tecnologia e do negócio para maximizar o valor da sua marca, segundo Paula Andrade, vice-presidente de Omnicanalidade da Natura&Co.
Além disso, uma pessoa neste cargo tem a missão de fazer com que pessoas interessadas na marca com as quais trabalham evoluam no funil de conversão, desde a entrada e visita ao site até a finalização, conforme observa Paula.
Neste sentido, a vice-presidente enfatiza a importância da finalização e de ações de pós-venda nessa gestão. “Esse líder deve ter estratégias de aquisição de consumidores, topo do funil, e estratégias de fazer com que esse cliente se fidelize, tenha conexão com a marca e volte mais vezes para adquirir produtos, se transformando num embaixador da marca”.
Rappi promove head de e-commerce no Brasil
Para conseguir desempenhar todas essas tarefas, o head de e-commerce precisa ter habilidades multidisciplinares. Esse profissional tem várias células, com distintas disciplinas, sob sua responsabilidade. Com isso, Paula enfatiza que é essencial que ele consiga coordenar essas atividades, com incentivos cruzados, para que os objetivos sejam comuns.
“Na sua caixa de ferramentas, é primordial que além dos conhecimentos técnicos de como apresentar o site, gerir os indicadores, conhecer ferramentas e produtos digitais que melhorem o funcionamento do site, esse líder seja incansável na busca por como entregar a melhor experiência para seu cliente”, complementa a vice-presidente.
Sob o mesmo ponto de vista, Priscila ressalta que uma habilidade crucial do head de e-commerce é a de se relacionar com stakeholders com diferentes perspectivas de negócio. “É fundamental conseguir entender e equilibrar as preocupações e expectativas de todos para alcançar os objetivos de negócio”.
Além de gerenciar pessoas, outros grandes desafios do profissional head de e-commerce são: priorização, balanceamento de todas as variáveis que impactam a vertical e tomada rápida de decisões. “Para tais desafios, uma vez mais, o caminho são os dados e também formar uma equipe capacitada para acompanhar o ritmo do negócio”, conclui Priscila.
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