Assinar

Os planos da Hummel para o Brasil

Buscar
Publicidade
Marketing

Os planos da Hummel para o Brasil

Com início das vendas nesta semana marca de material esportivo da Dinamarca terá operação comercial focada na internet


19 de dezembro de 2018 - 15h25

Marca é patrocinadora da seleção de futebol da Dinamarca (crédito: reprodução)

Fundada em 1923, a fabricante de material esportivo Hummel desembarcou no Brasil em dezembro de 2017 em parceria com a All Brands e, nesta semana, começa sua operação de venda direta ao consumidor com sua loja virtual. Fornecedora da seleção da Dinamarca de futebol e dos times de handbol, basquete e vôlei do Pinheiros, a marca de origem dinamarquesa terá parte de sua linha de confecção produzida no Brasil. A estratégia comercial, segundo a diretora executiva Fernanda Sakai, será fugir do varejo tradicional para oferecer um preço mais acessível ao consumidor. Nesta entrevista, a executiva explica a estratégia e o motivo do atraso de 17 anos da inauguração da operação da Hummel no Brasil.

Meio & Mensagem – Quando a Hummel inaugurou a operação no Brasil? É a primeira vez que a marca vem ao País?
Fernanda Sakai – A Hummel inaugurou oficialmente sua operação no Brasil no final de 2017. É a primeira vez que a marca chega ao País. A operação é 100% da All Brands, que tem como sócios investidores eu e meu marido, Dalton Sakai. Nosso contrato com a matriz é de 10 anos, com possibilidade de ampliação para mais cinco anos, com licença para o Brasil e a América Latina.

M&M – Na década de 1990, o Palmeiras usou uniformes da Rhumell. Era a mesma empresa?
Fernanda – Não, a Rhumell é um plágio da nossa marca. Inclusive, foi por esse motivo que a Hummel demorou 17 anos para conseguir chegar ao Brasil, porque a Rhumell pirateou nossa marca e conseguiu registrá-la no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial). Isso atrapalhou bastante o processo da Hummel original se estabelecer no País. No segundo semestre de 2017, finalmente conseguimos nos registrar.

Parte da linha de confecção será nacional, e acessórios e calçados serão 100% importados (crédito: reprodução)

M&M – Além do e-commerce, a marca terá lojas próprias? Quando os produtos deverão chegar ao varejo multimarca?
Fernanda – Hoje, o mercado está mudando e o mundo online está crescendo muito. Apostamos muito nesse mercado e nossa loja própria será apenas no e-commerce nesse momento. Não acreditamos no varejo tradicional. É um modelo de negócio já saturado, onde as empresas sangram dinheiro para sobreviver. Vamos fugir desse mercado, fazendo um trabalho diretamente com nosso consumidor final, podendo, assim, atender o cliente com um preço mais competitivo perante as marcas concorrentes do mesmo porte que a nossa.

M&M – Quais produtos serão comercializados neste primeiro momento? A produção é local?
Fernanda – Teremos toda nossa gama de produtos: acessórios, como bolas, malas, mochilas e meias; vestuário masculino e feminino, tanto da linha sport como da linha causal; e calçados de performance de handebol e voleibol. Teremos confecção importada e nacional, e acessórios e calçados 100% importados.

Time de handebol do Esporte Clube Pinheiros (crédito: Ricardo Bufolin/ECP)

M&M – Qual é a estratégia de marketing para divulgar a chegada da empresa ao Brasil? A marca trabalha com alguma agência?
Fernanda – Uma de nossas estratégias é usar os atletas e as equipes patrocinadas para fomentar a marca organicamente. Queremos expandir nossa quantidade de atletas e de equipes patrocinadas. A maior delas, com certeza, será nossas ações sociais e as causas que apoiamos. A Hummel acredita muito no karma de tudo o que você faz volta para você, e somos uma marca que tem diversos projetos espalhados pelo mundo e vamos ampliar isso aqui no Brasil. A marca patrocina os times de handebol masculino e feminino, basquete masculino e vôlei feminino do Esporte Clube Pinheiros, e tem o atleta da seleção brasileira de handebol Diogo Hubner como embaixador no Brasil.

M&M – Qual é o investimento da empresa na chegada ao Brasil e qual a expectativa em termos de vendas e faturamento?
Fernanda – É difícil quantificar já que estamos iniciando a marca do zero no mercado brasileiro, que é dominado por marcas já estabelecidas há muito tempo, mas existem lacunas que vamos preencher e explorar. Nosso objetivo é que o Brasil seja o hub de distribuição para toda a América Latina.

Publicidade

Compartilhe

Veja também