IA é utilizada por 83% dos profissionais de mídias sociais

IA é cada vez mais utilizada entre profissionais de mídia (Créditos: Family Stock/Shutterstock)

A inteligência artificial já assumiu um lugar fixo na rotina de grande parte dos profissionais de comunicação, sendo utilizada tanto para simplificar funções operacionais e repetitivas, quanto para auxiliar na parte criativa.

M&M Recomenda:

– Foco em conversão e SEO chega às redes sociais e WhatsApp
– O trabalho invisível das mulheres por trás da IA
– O que determina a relevância na creator economy

Segundo levantamento realizado pela mLabs, o uso a tecnologia cresceu em 66% entre os profissionais de mídias sociais, se comparado ao ano anterior. Mais de 80% deles afirmam utilizar a ferramenta no dia a dia — percentual que já supera as plataformas de gestão e criação tradicionais.

Entre os principais usos estão a geração de ideias e conteúdos (84%), roteirização de vídeos (63%), redação de textos (79%) e análise de dados (43%). “A IA está potencializando a produtividade e abrindo espaço para que o social media atue de forma mais criativa e estratégica”, destaca Rafael Kiso, CMO e fundador da mLabs.

Entre as ferramentas de IA, o ChatGPT é quase unanimidade, usado por 98% dos respondentes. No universo da criação, o Canva aparece na liderança com 85%, seguido de perto pelo CapCut, mencionado por 79% dos profissionais.

Carreira e amadurecimento profissional

O valor do trabalho criativo tem ganhado visibilidade, um reflexo da profissionalização do setor e da maior demanda por trabalhos de social media eficientes.

Segundo o levantamento da mLabs, 65% dos profissionais de mídia possuem mais de três anos de atuação, sendo que 32% possuem mais de seis anos.

Já nas agências, cerca de 48% dos colaboradores atuam há mais de três anos na profissão, enquanto 21% já passam de uma década de atuação.

No que se trata da valorização financeira, o número de profissionais que cobram acima de R$ 4 mil por mês dobrou se comparado a 2024, enquanto aqueles que cobram menos de R$ 1 mil caiu em 32%.

O levantamento revela, ainda, que agências especializadas em um único segmento tem 40% mais chances de faturar acima de R$ 100 mil mensais.

“O social media deixou de ser um executor de posts e passou a ter papel fundamental na estratégia das marcas. A pesquisa mostra que o mercado amadureceu, está mais analítico e com uma visão muito mais orientada a resultados”, afirma Kiso.

A pesquisa evidencia uma diferença salarial significativa entre profissionais de empresas e de agências. Cerca de 33% dos líderes de marketing corporativo ganham acima de R$ 7.511, percentual que cai para 20% quando observamos líderes em agências.