Influenciadores brasileiros investem em NFTs
Felipe Neto, Loud e Whindersson Nunes se envolvem em projetos de toneks não-fungível
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Thaís Monteiro
2 de fevereiro de 2022 - 6h00
Na manhã desta terça-feira, 1, uma imagem publicada pelo rapper Ye (anteriormente conhecido por Kanye West) viralizou nas redes sociais. Ela se referia a um papel em que o cantor e empresário da moda escreveu “Meu foco está em criar coisas reais, produtos no mundo real, comida real, roupas reais, abrigos reais. Não me peça para fazer a p*rra de um NFT”. Ao contrário de Ye, algumas celebridades mundo afora têm empreendido no cenário, como Paris Hilton, que afirmou que NFT é o futuro da economia dos creators. O Brasil não está muito atrás. Grandes nomes do marketing de influência, como Felipe Neto e Whindersson Nunes já passaram a se vincular com a nova fonte de receita.
As afirmações dizem respeito aos NFTs, sigla para token não-fungível (em inglês, non-fungible token – NFT), um certificado digital que comprova a autenticidade e propriedade sobre algo, seja obra de arte, objetos físicos, cenas, músicas ou experiências. A atriz Vera Fischer comercializou a foto “Vera Fischer no Mangue”, do fotógrafo Bubby Costa, de 1976, em NFT através de um leilão a partir de R$ 296 mil. Parte da venda foi destinada para um projeto social do Rio de Janeiro que tem como objetivo atenuar os impactos da pandemia da Covid-19
Esta semana, Whindersson Nunes se tornou parceiro da BlocPlace, marketplace de NFT’s, criptomoedas e tokens. A BlocHouse, empresa dona da plataforma, patrocinou o evento de luta Fight Music Show, do qual o influenciador fez parte, para lançar o produto. Whindersson tem uma coleção de NFTs comercializadas na BlocPlace e a empresa produziu novas NFTs do evento e lutadores presentes nos formatos de fotos, GIFs e vídeos. Os compradores desses tokens podem revende-los no próprio site.De acordo com Milton Baptista, CEO do marketplace, é agradar o fã com produtos exclusivos, mas também dar a ele a possibilidade de se tornar investidor.
Dando um passo além nesse mercado, a Play9, empresa dos sócios Felipe Neto, João Pedro Paes Leme e Marcus Vinicus Freire, criaram em 2021 a 9Block, plataforma 100% brasileira de NFTs baseada na tecnologia de blockchain Hathor, também criada por brasileiros. A 9Block vende cards de heróis e arte de diferentes artistas e representando outros influenciadores também, como a ginasta Rebeca Andrade. Por ora, os produtos são os cards colecionáveis, mas a ideia é ter produtos atrelados a serviços, como nos Estados Unidos.
A curto prazo, a plataforma busca awareness e reconhecimento por seu pioneirismo, mas visa ganhar engajamento e receita a médio prazo. “São infinitas as possibilidades do uso de NFTs pelo mercado de mídia, desde a criação de receita pelo enorme arquivo de conteúdos únicos até o financiamento de obras novas financiadas coletivamente. Mas é um mundo gigantesco a ser explorado, que pode ir muito além disso”, coloca Leme. Como atrativo, a 9Block afirma democratizar a criação de conteúdo e afirma ter menores custos na transação via blockchain.
De acordo com o executivo, a decisão por empreender nesse mercado foi baseada na ideia de que a creators economy, em algum momento, irá se conectar com o mundo das NFTs. Além disso, a empresa diz que há dois tipos de públicos que buscam por NFTs: investidores e fãs. “Como os creators já se tornaram mídia, um passo natural é, cada vez mais, se monetizarem com produtos variados. Pesquisamos por seis meses o mercado antes de começar o desenvolvimento da plataforma”, conta.
No MaxiMídia deste ano, a Loud, marca de lifestyle gamer e produtora de conteúdo, comunicou em primeira mão que irá empreender nessa vertente. De acordo com Bruno Bittencourt, CEO, projetos de blockchain oferecem engajamento, conscientização e receita. Para a Loud, os NFTs representam uma nova era da internet, que permitirá grandes avanços para os influenciadores. Isso porque a tecnologia permite um novo tipo de controle sobre o conteúdo criado.“A crença em torno do blockchain e cripto sempre se concentrou na descentralização, Em relação à criação de conteúdo, hoje os próprios criadores não têm controle total ou propriedade sobre seu conteúdo. Há muitas oportunidades à medida que os criadores de todas as indústrias procuram interromper modelos de negócios antigos para novos que permitem a verdadeira propriedade de seus relacionamentos com produtos e público”, explica.
**Crédito da imagem no topo: Sashkin/Shutterstock
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