Assinar

Mídia fica sem Audi na posse de Obama

Buscar
Publicidade
Mídia

Mídia fica sem Audi na posse de Obama

Patrocinador exclusivo nas transmissões da primeira posse do presidente americano em quase todas as redes de TV e internet, Audi anunciou que não repetirá o investimento na reeleição


16 de janeiro de 2013 - 11h24

Em 2009, quando Os Estados Unidos pararam para assistir a posse de Barack Obama, um inusitado patrocínio chamou atenção de quem acompanhava com atenção o evento pelas redes de TV, via internet ou, até mesmo, de quem procurava as informações nos grandes jornais do país. Em uma ação inusitada, a montadora Audi patrocinou as transmissões de diversos veículos, bloqueando a aparição de outras marcas e um dos mais importantes eventos da história dos Estados Unidos.

Além de patrocinar diversas transmissões de redes televisivas, a Audi também esteve presente nos streamings da posse feitos por portais como ABCNews.com, CBSnews.com, MSNBC.com, Washingtonpost.com e outro. A montadora também patrocinou um caderno especial de oito páginas, chamado “Progress is beautiful”, que circulou no USA Today, Wall Street Journal, The Washington Post e outros dos maiores jornais dos Estados Unidos. Em seu próprio site, a marca anunciava ao mundo que, junto com Obama, o progresso estava chegando aquele país.

Para uma montadora alemã, investir tanto em um evento tipicamente norte-americano foi algo inusitado. Na época, o CMO da Audi, Scott Keogh, disse que o objetivo da marca era conectar-se com os norte-americanos em um momento importante e transmitir o seu DNA de inovação e mudanças. Com todas essas ações, a Audi teria conseguido se expor para um público de mais de 30 milhões de pessoas.

Quatro anos depois, no entanto, a montadora não será novamente parceira de Barack Obama. Executivos já informaram que não haverá patrocínio das transmissões da posse do presidente, marcada para o próximo dia 21, nos Estados Unidos. De acordo com as explicações, não se trata de redução de custos, mas sim de questões estratégicas. A montadora espera incrementar suas vendas anuais para 1,5 milhão de unidades até 2015 e, para isso, não economizará investimentos em mídia nos Estados Unidos – valor que chegou perto de US$ 100 milhões em 2012.

A questão, para a Audi, é que essa reeleição possui um clima totalmente diferente para o País, na opinião do gerente geral da marca, Loren Angelo. “A América reconheceu naquela eleição como a inauguração de um período de mudança e de um progressivo movimento no país. Nós vimos que os americanos tinham uma grande necessidade de mudanças, independentemente de sua opinião política”, disse o executivo. Então, quando a companhia viu a possibilidade de aproveitar a posse de Obama para uma ação de marketing, enxergou a possibilidade de comunicar exatamente aquilo que desejava, naquele momento. “Era uma fase de progresso na história e na cultura da América e isso nos permitiu alavancar diversas plataformas de mídia para contar a história da Audi”, relembra Angelo.

Segundo ele, hoje há um clima diferente e não existe uma grande excitação em torno de promessas de mudanças como houve em 2009, sobretudo pelos desafios econômicos do país. Até o próprio presidente estaria encarando a posse de outra maneira, fazendo apenas uma solenidade, ao contrário de diversos eventos que marcaram o início do primeiro mandato, em 2009.

Neste ano, a montadora pretende aproveitar a mídia para no SuperBowl e nos planos de comunicação de lançamentos dos modelos A6 e A7.

Do Advertising Age. 

wraps

Publicidade

Compartilhe

Veja também