O humor multimídia de Fábio Porchat

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O humor multimídia de Fábio Porchat

Em meio a diversos projetos, sócio-fundador do Porta dos Fundos lança Prêmio do Humor para prestigiar peças do gênero na cena teatral carioca


18 de março de 2016 - 10h51

Fábio Porchat se firmou como um dos grandes nomes do humor há três anos graças ao Porta dos Fundos, um dos canais mais vistos no YouTube no Brasil e do qual é sócio-fundador. Graças a internet, sua carreira se consolidou em outras plataformas como a franquia Meu Passado Me Condena, projeto que compreende uma série de TV, dois longas metragens e uma peça de teatro. Agora, Porchat lança o Prêmio do Humor, justamente para reconhecer o teatro carioca e, em um segundo momento, o paulista. O evento, que além da cerimônia terá transmissão pelo Google, visa conceder ao gênero a chance de destacar seus craques. Em entrevista ao Meio & Mensagem, o ator também fala de seu novo programa na Record e defende a importância da Lei da TV Paga. Confira trechos abaixo.

Meio & Mensagem – Por que você decidiu lançar um Prêmio de Humor? O que te levou a criá-lo?
Fábio Porchat –
O humor é sempre colocado em segundo plano. Apesar das bilheterias de cinema serem boas e de no teatro ele ter um bom desempenho, em qualquer prêmio, nunca ganha o humor. Quando um trabalho deste gênero concorre, já é uma alegria. Entendo que seja difícil a comparação: como comparar a mulher no Holocausto chorando e a Ingrid Guimarães com um vibrador em “De Pernas para o Ar”? É curioso. Mas então deveria haver uma distinção, como é feito no Globo de Ouro. Só que até lá o filme que ganhou como Melhor Comédia foi “Perdido em Marte”, que é um drama. Ou seja: nem no prêmio de Melhor Comédia ela consegue ganhar! É uma dificuldade mesmo. No Prêmio do Humor, que é voltado para o teatro, apenas a comédia vai ganhar. Isso porque só vai concorrer comédia. E a brincadeira é não haver distinção: stand-up, improviso, Shakespeare, Moliére, comédia contemporânea. Vai estar tudo no mesmo saco.

M&M – Paralelamente ao lançamento do Prêmio, você acabou de rodar o filme do Porta dos Fundos. Qual a expectativa em relação a ele?
Porchat –
Terminamos de gravar em meados de fevereiro após um mês e meio de filmagem. A ideia é estrear ainda no primeiro semestre, entre junho e julho, antes das Olimpíadas. Mas no cinema tudo é possível, quando você menos espera o filme estreia só em 2025 (risos). Mas deve entrar antes das Olimpíadas e nossa expectativa é das melhores. Ficamos muito tempo para escrever este roteiro, aí escrevemos e jogamos fora, escrevemos outro e jogamos fora, queríamos um produto que gostássemos, não era lançar por lançar. Assim chegamos na ideia do Contrato Vitalício que é o nome do filme. Ele brinca muito com o mundo do entretenimento, sacaneia desde os paparazzi, até o apresentador de programa de fofoca, passando por empresários deslumbrados com famosos e blogueiras fitness. Vamos abranger um pouco de tudo. Mas é uma história sobre amizade também, sobre dois amigos, um muda a vida completamente, mostramos como a fama pode transformar as pessoas. Não só ficarem escrotas e babacas, mas infelizes. O filme fala um pouco disso.

M&M – Como está seu projeto na Record? Como será o seu programa e quando entra no ar?
Porchat –
Ainda está na fase de desenvolvimento. Tudo o que eu sei é que será um talk show e que entra no ar depois das Olimpíadas.

M&M – Não tem receio de sofrer algum tipo de controle na emissora, algo similar ao que está acontecendo com a Xuxa? Será que você poderá ser tão espontâneo na atração, como é sua marca?
Porchat –
Tudo depende do Ibope. Se eu der meio ponto, provavelmente haverá uma interferência maior da emissora. Se eu der 70 pontos, tenho certeza que ninguém falará nada. TV aberta tem as suas limitações naturais. Por ir ao ar depois da meia noite, acho que vai ser muito tranquilo. A Record está sendo muito parceira e sabe que me contratou. Eu faço humor, meu programa não é tão família quanto o da Xuxa, e nem acho que ela está sofrendo tanto controle assim não. Eu conversei com ela e ela foi uma das pessoas que me falou para ir pra lá.

M&M – O humor ganhou grande espaço no audiovisual brasileiro nos últimos anos. Há ainda como crescer?
Porchat –
Estamos só começando, não só o humor, mas o audiovisual brasileiro está apenas começando a fazer mais séries. A lei que a Ancine fez das TVs pagas é muito boa, desenvolve e evolui roteiristas, diretores, atores. Há uma quebra do monopólio de “se não está na Globo não tem jeito”. Não é mais assim. Tem série no GNT, no Multishow, na Fox. Vamos atacando por todos os lados, o que é ótimo para o audiovisual de modo geral e para comédia, claro, ela faz parte disso. Ainda temos muito espaço para crescer, muito mais filmes para serem lançados. O brasileiro está começando a quebrar este preconceito com filme nacional, já tem filmes brasileiros muito bons, as comédias foram os maiores responsáveis por isso. As pessoas não acham que o filme do Leandro Hassum é um filme nacional, é uma comédia, assim como a do Adam Sandler, do Jimmy Carrey. Pode ser boa ou ruim, como a deles também.

A íntegra desta entrevista está publicada na edição 1701, de 14 de março, exclusivamente para assinantes do Meio & Mensagem, disponível nas versões impressa e para tablets iOS e Android.
 

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