Teles agregam canais e oferecem conteúdo sob demanda
Com Claro TV + e Vivo Play, intuito de empresas de telecomunicação é se posicionar como hub de conteúdo
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Thaís Monteiro
12 de junho de 2023 - 6h03
Com a chegada e expansão dos serviços e streaming por assinatura, as teles oferecem conteúdo sob demanda.
As empresas se movimentaram para lançar produtos semelhantes , mas com a proposta de curadoria e conhecimento de quem está no mercado de conteúdo há anos.
A partir disso e com diversos rebrandings, surgiram plataformas como Claro TV+ e Vivo Play, streamings da Claro e da Vivo, respectivamente, que contam, também, com conteúdo linear e de canais abertos.
Esses produtos foram evoluções de serviços já ofertados pelas empresas de telecomunicações.
A Claro, por exemplo, já disponibilizava conteúdo sob demanda através do Now Online.
No ano passado, a empresa decidiu formar o hub de suas ofertas de conteúdo na Claro TV+, que substituiu o Now.
Assim, a marca Vivo Play, lançada em 2012, foi se aprimorando para estar disponível em mais telas, como em celulares sem necessidade de cabos, antenas ou decodificadores, mais recentemente.
Agora, esses serviços têm alto apelo de público e representam significativa fonte de receita para ambas as empresas.
As vendas de Claro tv+ em aplicativo e box representam 73% dos produtos de TV da Claro.
Assim, a expectativa da operadora é chegar a um milhão de clientes em ambas as modalidades até o final do ano.
A TV a cabo da empresa tem cinco milhões de assinantes.
Ainda assim, diante da ampla concorrência, essas empresas têm se esforçado para melhorar e expandir seus serviços.
Para isso, oferecem maior seleção de conteúdo, recursos adicionais e experiência do usuário (UX) aprimorados.
Contudo, com o avanço da tecnologia e o aumento da concorrência nesse setor, as teles trabalham para aprimorar o catálogo e se posicionar como hub de conteúdo e comodidade.
Para Ricardo Falcão, diretor de TV da Claro, um dos principais ativos que as teles podem oferecer como diferencial é o know-how dos anos de serviços dedicados a conteúdo televisivo.
“É fundamental para oferecer um serviço de excelência aos nossos consumidores que, a cada ano, estão ainda mais exigentes. Nós entendemos as rápidas mudanças no mercado de entretenimento”, afirma.
Assim, o conhecimento de mercado também proporciona às teles a possibilidade de firmar parceria com outros players de streaming e conteúdo para ampliar a oferta de seus hubs.
Ademais, Dante Compagno, diretor executivo B2C da Vivo, aponta que essa oferta diversificada proporciona comodidade para o usuário final.
Assim, o usuário pode acessar diferentes distribuidores e produtores de conteúdo em um só lugar e pode eleger a forma de pagamento mais cômoda.A Vivo tem 2 milhões de assinantes e obteve R$ 101 milhões de receitas nos três primeiros meses do ano. Segundo a operadora, foi um avanço de 53% na comparação com o mesmo período do ano passado.
“Os clientes podem contratá-los por meio de pacotes junto aos produtos de conectividade básica como, por exemplo, fibra ou planos de celular, bem como de forma avulsa, pagando por meio da conta de celular ou de créditos pré-pagos”, exemplifica.
Dessa forma, além das parcerias com streamings e canais de TV lineares e pagos, os serviços das teles têm ampliado a conexão com outras modalidades, como inteligência artificial (IA) e redes sociais.
A Claro tem integração com a Alexa, serviço de assistente de voz à base de IA da Amazon, através da qual o cliente pode escolhe e controlar os dispositivos por voz.
O intuito da Claro é tornar a experiência mais simples, fácil e ágil.
Ademais, a Claro também é coprodutora de projetos do cinema nacional, como os filmes Turma da Mônica Jovem, Meu Nome é Gal, Férias Trocadas, entre outros.
Por sua vez, a Vivo conta com integração com o Linkedin Learning, plataforma de cursos do Linkedin.
E com o TikTok, para que usuários tenham acesso a conteúdo de entretenimento e cultura, por meio do aplicativo, diretamente na televisão.
De forma geral, o intuito das teles não é ser concorrente direta dos streamings.
E sim serem hubs de conteúdo que concentram ofertas de diversos players por custo-benefício válido ao cliente que quer acessar comodidade e catálogo diverso.
“Nossa estratégia é facilitar o acesso dos nossos clientes ao conteúdo ou serviço de sua preferência, do jeito que ele quiser e com a forma de pagamento que ele preferir”, afirma Compagno, da Vivo.
“Há grande quantidade de plataformas no mercado, cada uma com conteúdo original, além dos esportes ao vivo, que tiveram seus direitos de transmissão pulverizados para diversos streamings”, coloca Falcão, da Claro.
Ademais, Falcão diz que a Claro é o hub que une tudo isso – plataformas, conteúdos e programação ao vivo.
“A intenção é trazer conforto e comodidade para aqueles que são pegos de surpresa com cobrança de um streaming não planejado ou que gostariam de assistir ao jogo do seu time, mas não tem a plataforma contratada, por exemplo”, complementa Falcão.
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