Warner recomenda rejeição da oferta hostil da Paramount
Empresa afirmou que manterá acordo para vender o estúdio de cinema, HBO e HBO Max para a Netflix
O conselho da Warner Bros. Discovery comunicou nesta quarta-feira, 17, que recomendou aos acionistas que rejeitem a oferta hostil de aquisição da Paramount Skydance e de seus acionistas controladores, a família Ellison.
A recomendação significa, efetivamente, que a oferta de US$ 108 bilhões da Paramount, a sexta desde dezembro de 2023, não vale mais.
No entanto, a Paramount pode, ainda, retornar com oferta maior.
“Esta oferta, mais uma vez, não aborda as principais preocupações que temos comunicado consistentemente à Paramount ao longo de nosso amplo engajamento e revisão de suas seis propostas anteriores”, afirmou Samuel Di Piazza, presidente da WBD.
Warner e Netflix
“Os termos da fusão com a Netflix são superiores”, comunicou a WBD em carta aos acionistas.
A Paramount fez sua oferta hostil poucos dias depois que a WBD confirmou sua intenção de vender alguns de seus ativos para a Netflix.
A Paramount, liderada por David Ellison, argumentou que poderia garantir aprovação mais rápida para um acordo do que qualquer transação com a Netflix.
O pai de Ellison, Larry Ellison, que é o presidente da Oracle, prometeu ajudar a apoiar a proposta da Paramount na Warner.
Larry Ellison também é próximo do governo Trump, que havia sinalizado apoio à proposta da Paramount Skydance.
Mas, nos últimos dias, o presidente Donald Trump tem criticado tanto a Paramount quanto seus proprietários, os Ellisons.
Netflix celebra
Dessa forma, a Netflix celebrou a rejeição da Paramount pela Warner Bros: “O conselho da WBD reforçou que o acordo de fusão da Netflix é superior e que nossa aquisição é do melhor interesse dos acionistas”, disse o coCEO da Netflix, Ted Sarandos.
Para o canal CNBC, o coCEO da Netflix, Greg Peters, disse: “Acreditamos que esses fatos realmente apoiam a aprovação do acordo.”
O executivo afirmou, ainda, que a Netflix “está confiante de que os reguladores verão, em última análise, o negócio como pró-consumidor, pró-criador e pró-trabalhador.”