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MWC

Pegada de carbono é prioridade para o MWC

No Brasil, Claro e TIM são signatárias de iniciativas da ONU e de outras entidades e têm programas, estratégias e metas para neutralizar e zerar o CO2


24 de fevereiro de 2023 - 6h03

No Brasil, teles como Claro e TIM têm perspectivas de neutralização e carbono zero com data prevista para acontecer (Crédito: Divulgação)

Barcelona é um dos destinos de classe mundial da biosfera. Isso significa que, desde 2011, a cidade detém o certificado de turismo responsável pela biosfera, de acordo com os critérios internacionais do Conselho Global de Turismo Sustentável (GSTC), organização de âmbito mundial criada em 2007,​ com o apoio da Fundação das Nações Unidas, Programa das Nações Unidas para o Ambiente, Rainforest Alliance e Organização Mundial do Turismo (WTO). Maricá, no Rio de Janeiro, por exemplo, também detém esse certificado. O Mobile World Congress (MWC) orienta visitantes a observar quatro etapas para que cada participante possa compensar a pegada de carbono: ao preencher os dados de viagem e acomodação, por exemplo, é possível calcular a pegada de carbono, selecionar o projeto favorito e compensar a pegada de carbono. Feito isso, o participante recebe uma Certificação Clean CO2 com seu status de carbono neutro. Para o evento, 100% do consumo de energia vem de fontes de energia verde, segundo a organização. E 40% dessa energia é produzida em parques eólicos locais, minimizando as perdas na distribuição de energia. Teles brasileiras como Claro e TIM também têm iniciativas, programas e estratégias para neutralização de carbono, carbono zero e sustentabilidade.

Futuro do planeta

Para a Claro, as ações ligadas a esse tema, no presente, trarão grande reflexo e moldam o futuro do planeta. Signatária do pacto global da ONU, a Claro investe em ações para reduzir o impacto ambiental de suas operações por meio do programa Energia da Claro, iniciativa que ganhou amplitude pelo apelo sustentável, sendo considerado um dos maiores programas privado de energia limpa do Brasil. Criado em 2017, o programa  prevê o uso de energia limpa para o abastecimento das operações da empresa por meio de diversas iniciativas, como parcerias para a construção de usinas de geração distribuída, que consiste na energia elétrica gerada no local de consumo ou próximo. Envolve, ainda, a compra de energia limpa no mercado livre, em contratos de longo prazo no modelo Power Purchase Agreement (PPA) e a adoção de diversas medidas voltadas ao aumento da eficiência energética da companhia. Essa iniciativa abrange 81 usinas energizadas, que já abastecem mais de 22 mil unidades consumidoras e atendem mais de 67% das antenas da Claro com energia renovável.

Emissões de CO2

No que se refere à sustentabilidade, a tele afirma que existe forte elo com as emissões de CO2 e, por conta das iniciativas no setor de energia, está comprometida com a redução da pegada de carbono. O sinal das antenas da operadora, de alguns estados, como Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso e DF, já opera com 100% da energia gerada por fontes renováveis. Até o momento, a Claro soma mais de 350 mil toneladas de CO2 evitadas. A companhia tem o potencial para, entre 12 e 16 meses, aumentar consideravelmente sua carga de energia renovável. Para este ano, o programa Energia da Claro deverá gerar mais de 1 GWh/ano provenientes de fontes renováveis, o que equivale a 80% da energia consumida em todas as operações e instalações da empresa no Brasil, por meio de diversas fontes renováveis, como solar, eólica, hidrelétrica, biogás.

A Claro faz parte da América Móvil e está alinhada à estratégia global de sustentabilidade do grupo. No Brasil, há uma diretoria dedicada ao tema de responsabilidade social e sustentabilidade, que coordena comitê formado por diretores de áreas estratégicas da companhia, para pensar em indicadores que guiam as melhores decisões, sempre com pilares bem definidos e um olhar consciente para o futuro.

Dependência de energia elétrica

“O setor de telecomunicações é altamente dependente do fornecimento contínuo de energia elétrica. Nesse sentido, em linha com a agenda ESG, atuamos para priorizar o uso de energia renovável, reduzir o consumo de forma geral e otimizar a gestão das operações. Na vertente de quantidade de energia, a TIM melhorou sua eficiência energética no tráfico de dados em 96% na comparação 2021 X 2019. Investimos ainda na expansão do compartilhamento de rede de acesso, o RAN Sharing, com outras operadoras no Brasil, otimizando recursos de rede e custos. Em 2022, estimamos que foi evitado o consumo de 2.200 MWh com essa iniciativa. Quando falamos da qualidade, trabalhamos com foco na geração distribuída, que promove o abastecimento da rede com a utilização de usinas de pequeno porte e da aquisição de energia no mercado livre. Outro exemplo é o Sky Coverage, que usa energia renovável – principalmente a solar, com painéis fotovoltaicos – na alimentação das antenas que estão sendo implementadas em diferentes partes do Brasil para ampliar a cobertura 4G. Em 2022, quase 50% da energia consumida na TIM foi proveniente de autogeração e mais de 20% do mercado livre. Conseguimos alcançar 100% de energia renovável, um marco que nos orgulha muito. O foco, agora, é aumentar o consumo de autogeração. Desde 2019, a participação da geração distribuída (autogeração por usinas eólicas, solares, entre outras fontes) na matriz energética da TIM passou de 6% para 47% e queremos ampliar esse escopo”, detalha o vice-presidente de assuntos regulatórios, institucionais e relações com a imprensa da TIM, Mario Girasole.

Carbono zero até 2040

Sobre as iniciativas de neutralização de carbono, o executivo afirma que esse é um assunto muito importante para a operadora, inclusive prevista no plano estratégico. “Temos a meta de ser empresa carbono neutra até 2030 e queremos incluir também o compromisso de ser ‘net zero’ até 2040. Para isso, realizamos uma série de iniciativas e firmamos compromissos, inclusive como Grupo, alinhados à matriz na Itália – já que é um tema de interesse mundial.  Em 2022, reduzimos 84% nossas emissões de escopo 1 (operação própria) e escopo 2 (aquisição de energia), em comparação com o ano-base de 2019. Com a compra de crédito de carbono, a TIM conseguiu neutralizar suas emissões no ano”, diz o executivo.

Girasole, da TIM: “Para se chegar à meta de ser “net zero” até 2040, a estratégia da TIM é incluir no controle as emissões de escopo 3, relativas à cadeia de valor da empresa, como fornecedores e clientes” (Crédito: Divulgação)

Para se chegar à meta de ser “net zero” até 2040, a estratégia da TIM é incluir no controle as emissões de escopo 3, relativas à cadeia de valor da empresa, como fornecedores e clientes. O O Grupo TIM aderiu à iniciativa Science Based Target (SBTi), criada pela coalizão entre importantes instituições mundiais como CDP, Pacto Global das Nações Unidas, World Resources Institute (WRI) e World Wide Fund for Nature (WWF). “As metas da TIM foram validadas em junho do ano passado”, afirma Girasole. E, desde 2010, a TIM responde ao Carbon Disclosure Project (CDP) – maior base de dados do mundo sobre Gases de Efeito Estufa relacionada às Mudanças Climáticas e registramos nossas emissões no Registro Público de Emissões do Programa Brasileiro GHG Protocol.

KPIs ambientais, climáticos, sociais e de governança

Girasole ressalta que, internamente, várias áreas da companhia são envolvidas diretamente com a gestão cotidiana da sustentabilidade. “Acompanhamos centenas de KPIs ambientais, climáticos, sociais e de governança. Esse estilo de gestão foi sendo aprimorado nos últimos anos e faz com que os colaboradores amadureçam seu conhecimento quanto à sustentabilidade, ao passo em que se tornam mais sensíveis e abertos ao tema. Recentemente, temos percebido que estamos chegando a um novo estágio de maturidade, em que os próprios colaboradores propõem soluções técnicas de suas áreas, mas com viés de sustentabilidade, com impacto socioambiental. Em paralelo, há treinamentos obrigatórios a todas as pessoas colaboradoras, como em sustentabilidade e gestão do meio ambiente. Esse tema do treinamento em ESG é meta do Plano ESG da companhia.”

O comprometimento tem sido reconhecido nacional e internacionalmente: em dezembro, a tele alcançou a marca de 15 anos seguidos no Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3 e, em janeiro deste, a TIM foi considerada, pelo segundo ano consecutivo, uma das empresas mais sustentáveis do mundo pela S&P Global ESG, organização responsável pelo Dow Jones Sustainability Index (DJSI), sendo novamente incluída no Sustainability Yearbook.

 

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