Geração Z, uma vida desprendida e a Open Talent Economy
Atender aos anseios pessoais e profissionais dos jovens de hoje não é uma opção, mas sim uma obrigação
Geração Z, uma vida desprendida e a Open Talent Economy
BuscarGeração Z, uma vida desprendida e a Open Talent Economy
BuscarAtender aos anseios pessoais e profissionais dos jovens de hoje não é uma opção, mas sim uma obrigação
A geração Z: chamados nativos digitais, mais ágeis e famintos por liberdade, autonomia e focados em qualidade de vida (Crédito: Reprodução/Shutterstock)
A passos da beira da praia. Em vans viajando pelo mundo. Hoje em solo brasileiro, amanhã conhecendo Machu Picchu. Daqui a dois dias em Los Angeles. Enfrentando o fuso horário na China. Assim é a geração Z, que não quer fixar raízes e tem sede de liberdade. Não à toa, o crescimento dos nômades digitais tem criado uma rede de possibilidades para os novos “jovens”.
Em outros tempos, quando as pessoas eram perguntadas a respeito de sua grande motivação profissional, muitas diriam desempenho financeiro e reconhecimento dentro do mercado de trabalho. Felizmente, essa tendência de resposta passou a ser repensada pelos nascidos entre 1995 e 2010, e o leque de alternativas aumentou drasticamente. A pandemia, inclusive, encorpou esse questionamento, provocando mudanças positivas e reflexões dentro de estruturas laborais.
Ao encontro dessa nova realidade, os princípios por trás da Open Talent Economy ganharam força. Empresas, agências e companhias, de pequeno a grande porte, precisam estar informadas sobre esse conceito, principalmente no que tange às formas de trabalho mais justas e condizentes com o século XXI. A Open Talent Economy é o que podemos chamar de via de mão dupla, cujos benefícios para empregados e empregadores são recíprocos. É a chance de pessoas ligadas aos setores da economia criativa — como música, games, comunicação, tecnologia, publicidade, design e moda, entre outros — romperem o status quo e irem atrás da realização não apenas profissional, mas pessoal.
Processos mais leves, flexíveis, disruptivos e que dão resultado. Essa é a engrenagem que move o conceito e ajuda a fomentar a economia criativa, segmento que se fosse considerado país, apresentaria o 4º maior PIB do mundo, segundo o Banco Interamericano de Desenvolvimento. No Brasil, conforme levantamento do Observatório Itaú Cultural, cujos dados foram divulgados em junho, são 7,4 milhões de trabalhadores brasileiros empregados nesse setor.
A pesquisa do Instituto ilustra o cenário do primeiro trimestre do País, em 2022, e revela uma perspectiva otimista: houve um crescimento de 12% na comparação com os três primeiros meses de 2021, quando eram 6,5 milhões de profissionais da economia criativa. Novamente, verificamos tendências que dialogam com a Open Talent Economy, modelo densamente explorado em um artigo da empresa de consultoria Deloitte, em 2013. Os talentos, agora, possuem um caminho mais estruturado e próspero para buscarem satisfação pessoal e profissional, unindo criatividade e qualidade de vida, sem deixar de entregar resultados aos empregadores.
Precisamos nos adequar e entender de ponta a ponta o mundo contemporâneo. A geração Z — os chamados nativos digitais, mais ágeis e famintos por liberdade, autonomia e focados em qualidade de vida — está aí, pronta para questionar. Atender aos anseios pessoais e profissionais dos jovens de hoje não é uma opção, mas sim uma obrigação. Caso contrário, vamos perder a chance de potencializar talentos, ao invés de aproveitá-la.
Compartilhe
Veja também
E se o Cannes Lions premiasse as melhores parcerias do ano?
Num mundo em que a criatividade virou moeda valiosa, colaborações bem construídas se tornaram a força motriz da inovação
Os cases gringos mais memoráveis de Cannes 2025
Iniciativas como The Final Copy of Ilon Specht, vencedor do Grand Prix de film, são exemplos de consistência das marcas e reconhecimento a quem faz parte da história delas