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Opinião

Na era digital, nem os diamantes são para sempre

Imagine uma categoria onde o player principal corta em 50% o investimento em publicidade, e outro segmento, que espelha a essência do modo de vida de uma era, no qual um único player mais do que triplica a sua verba – tudo ao mesmo tempo agora


20 de abril de 2016 - 14h30

diamonds

Em 1940, a De Beers, maior produtora de diamantes do mundo, criou o slogan “Um diamante é para sempre”. Por trás dessa ideia romântica, havia uma importante proposta comercial: incrementar o consumo de diamantes no mundo, antes restrito a uma parcela extremamente abastada da população. Era a “popularização do luxo”.

A estratégia foi extremante bem-sucedida e permitiu sucessivos aumentos do preço do quilate do diamante no mercado internacional nas últimas décadas. No entanto, essa estratégia parece estar esgotada. Comprar um diamante hoje é, em preços de dólar, mais barato do que em 2006.

O que está acontecendo?

Um artigo interessante publicado na Bloomberg mostra que os consumidores estão trocando os seus interesses em diamantes por coisas como férias, bolsas de luxo e aparelhos de alta tecnologia.

A De Beers – um monopólio – gastava cerca de US$ 200 milhões por ano com publicidade. Nos anos 2000, reduziu essa verba pela metade.

Já no setor de aparelhos de alta tecnologia, apenas a Apple elevou o seu investimento de US$ 467 milhões, em 2007, para espantosos US$ 1,8 bilhão, em 2015.

Imagine então uma categoria inteira, onde o player principal corta em 50% o investimento em publicidade, e o outro segmento, que espelha a essência do modo de vida de uma era, no qual um único player mais do que triplica a sua verba.

Além disso, a categoria “aparelhos de alta tecnologia” é marcada por lançamentos diários e inovação em velocidade extremamente agressiva, características fundamentais dos dias em que vivemos. Estamos agora entrando no momento de mais uma revolução na publicidade.

Google, Facebook e Microsoft começam a apresentar aos anunciantes as suas oportunidades de realidade virtual. A IBM já desenvolve para algumas marcas projetos utilizando o “Watson”, que envolve experimentos de inteligência artificial aplicados à publicidade. E assim o relógio da inovação e da destruição criativa fica mais acelerado a cada dia.

Aproveite o quanto antes essas oportunidades. Seja um precursor das mudanças. Os verdadeiros líderes não deixarão o valor das suas marcas passar de joias a bijuterias.

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