Assinar

Inteligências compartilhadas

Buscar
Publicidade
Opinião

Inteligências compartilhadas

Com recorde de público, ProXXIma debate inovação nas estratégias, nos ambientes corporativos e nas posturas profissionais sob diversos pontos de vista, dividindo conhecimento e abrindo espaço para novas conexões


17 de junho de 2025 - 14h00

A potência do funk de Rodrigo Oliveira, de gênero marginalizado a fenômeno mundial. A construção de autoridade de Camila Farani como exemplo para o marketing de influência, num caminho que passa por profundidade, consistência e propósito. A jornada estratégica de Nizan Guanaes e sua pregação por gestão como base de sustentação para um mercado publicitário mais saudável. O empreendedorismo de sucesso de Camila Coutinho e sua ode à coragem de enfrentar desafios mesmo não se sentido totalmente preparada. Os alertas do CEO do Grupo Croma, Edmar Bulla, de que a doença da eficiência pode matar a inovação e sobre o risco da otimização reduzir a capacidade criativa — para ele, inovação não nasce do consenso, é preciso liberdade para errar.

Foram muitos os pontos de vista e ensinamentos do ProXXIma 2025, que aconteceu na semana passada, em São Paulo. Em dois dias, estiveram no palco do evento três CEOs de grandes marcas em ascensão. A diretora-geral da Uber no Brasil, Silvia Penna, tratou de temas amplos, como a regulamentação do serviço de transporte de passageiros em motos, o foco da marca em soluções segmentadas para facilitar a experiência dos diferentes tipos de usuários e a integração com o iFood, que tem o objetivo de gerar volume e engajamento cruzado.

Enaltecendo os benefícios para a companhia de um maior investimento em branding nos últimos quatro anos, Alexandre Riccio de Oliveira, CEO do Inter, falou sobre o desenho de produtos democráticos para públicos específicos, como a geração Z e os moradores das periferias. Priscyla Laham, CEO da Microsoft, principal investidora da Open­AI, dona do ChatGPT, tratou dos avanços dos assistentes e agentes de inteligência artificial, mecanismos aptos a tomarem decisões com pouca ou nenhuma intervenção humana, mas sugeriu que alguns receios sejam superados: “Muito provavelmente a criatividade humana nunca será substituída. Propósito, tecnologia e talento é uma combinação bombástica”.

Assunto onipresente, a inteligência artificial (IA) apareceu em diversos contextos, como na apresentação do advogado e professor Ronaldo Lemos, que analisou a corrida das companhias de tecnologia pelo domínio e a preferência dos usuários entre os modelos de IA disponíveis. Prova do acirramento dessa disputa é o fato de o market share da líder OpenAI ter caído de 50% para 34% em um ano — período em que avançaram outros gigantes, como Google e Meta, e modelos que, para Lemos, serão os vitoriosos: as IAs open source, como o chinês DeepSeek.

Paulo Aguiar, creator e cofounder do CR_IA, dedicou sua palestra a exemplificar como a IA está redefinindo o que é ser criativo, transformando a maneira como pensamos, criamos e executamos ideias. Nesse contexto, a IA funciona como uma extensão poderosa da nossa capacidade de imaginar e realizar. Seu recado para profissionais dessa área é o seguinte: “Não é a IA que vai te substituir. É alguém que sabe usá-la. Mas essa pessoa também não substitui só você, ela substitui dezenas ou centenas, a não ser que você faça algo que só você pode fazer”.

Com mais de dois mil profissionais inscritos, o ProXXIma 2025 bateu recorde de público, reuniu líderes da indústria nos palcos, salas de debates e corredores, e provou porque é o principal fórum sobre tecnologia e inovação aplicadas ao mercado brasileiro de comunicação, marketing e mídia. Foi também base de lançamento para pesquisas, como o tradicional ranking das Marcas Brasileiras Mais Valiosas, da Interbrand, e o relatório de criatividade da WGSN, que enaltece o poder do brincar como um importante soft power para os negócios nos próximos anos.

Mantendo sua missão de ampliar o conhecimento do mercado e provocar reflexões aplicáveis ao trabalho, aos negócios e à sociedade, o evento incentiva o compartilhamento multiplataforma de seu conteúdo, que está resumido nas reportagens das páginas 36 a 45, e segue disponível on demand para os participantes inscritos e para os assinantes do Círculos Liderança.

Publicidade

Compartilhe

Veja também

  • Como a omnicanalidade molda o consumo em skincare

    Evolução geral da categoria fez o diferencial migrar do campo do produto para o da experiência

  • Do Ne Zha ao Labubu

    Você está preparado para a onda asiática?