Tendências do esporte para 2023
Tecnologia, aumento da relevância da participação feminina, ativos digitais e saúde física e mental estão entre tópicos fortes para o universo esportivo
Tecnologia, aumento da relevância da participação feminina, ativos digitais e saúde física e mental estão entre tópicos fortes para o universo esportivo
O ano de 2022 foi marcado pelo avanço da tecnologia, tanto dentro de campo, como nas arquibancadas e na casa do fã. O ano de 2023 consolidará a tecnologia como driver para ligas, times e patrocinadores. As vitórias em campo, as melhores contratações, as cotas de patrocínio mais atraentes, simplesmente tudo dependerá do uso da tecnologia para atingir os objetivos. Os modelos analógicos e antigos não sobreviverão às novas tendências da inovação.
O ano de 2023 exigirá de marcas muito além da utilização do ambiente digital como mídia. As redes sociais têm papel importante, mas não estão sozinhas na construção do branding, sendo de patrocinadores ou times. Cada vez mais as marcas terão que buscar uma consistência digital na relação com o fã, conseguindo evoluir da simples postagem / interação, para uma experiência digital relevante. A inovação será converter a audiência digital em vendas, sem perder a essência do esporte. Isso significa permitir pelo digital, que o fã consuma e se entretenha no mesmo momento. Não será mais a publicidade online, e sim oferta de experiências únicas e relevantes, dentro do ambiente online. Receitas digitais, oriundas da diversão do fã.
Nenhuma tendência é mais relevante e marcante que a força do esporte feminino hoje em dia. O crescimento das audiências das competições, o aumento do interesse pelos ídolos do esporte feminino e incremento da prática esportiva do público feminino são decisivos para a evolução da indústria do esporte atualmente. Mais mulheres praticando, consumindo e trabalhando com o esporte é o que necessitamos em 2023. Todo o investimento é necessário para que mais igualdade de gênero seja uma realidade no esporte.
Este ano será de muita cobrança do consumidor sobre as marcas. Patrocinadores. Ligas e times também terão que buscar seus propósitos. Fazer o bem para a sociedade, e como isso impacta na vida do cliente das marcas é um grande desafio de 2023. Buscar a essência da marca e alinhá-la com as demandas atuais do mundo, especialmente em temas ligados à sustentabilidade e impacto social. O faturamento e o lucro têm que deixar um legado efetivo para o mundo.
Segundo dados da Interbrand, o mercado global de saúde, wellness & wellbeing está estimado atualmente em US$ 10 trilhões. A busca pela saúde completa é um fator irreversível da nossa sociedade, cada vez mais conectada e digital. O esporte toma um caráter fundamental para a saúde da população, especialmente daqueles que não têm recursos para serem sócios de um clube, clientes de uma academia ou app fitness. A população de baixa renda é a que apresenta os maiores níveis de sedentarismo e uso de redes sociais no mundo. E por não ter um plano de saúde privado recorre cada vez mais cedo, inclusive crianças, ao sistema público de saúde para assistência a doenças evitáveis.
Se em 2022 os ativos digitais se consolidaram como grande fenômeno da indústria do esporte, em 2023, o desafio será ir além de ser um ativo com algum valor financeiro ou alguma representatividade. A busca por experiências, muitas no ambiente físico, converterá os ativos digitais em verdadeiras plataformas phigital do esporte. O maior empenho e participação nas experiências físicas, como aulas presenciais coletivas, chamadas online ou simplesmente um vídeo exclusivo mudará o ativo de patamar. Tines e atletas têm tudo nas mãos para incrementar os valores de tokens e NFTs.
Todos os grandes patrocinadores do esporte estão focados em aumentar a eficiência dos patrocínios adquiridos com dados e mensuração concreta do retorno. Sports Value criou um modelo próprio de ROI para patrocinadores e está claro como os dados são o único caminho para a assertividade das ativações de patrocínio. O data driven na definição dos patrocínios e, principalmente , onde alocar as verbas complementares de ativação são fator crítico de sucessos ou fracasso de qualquer estratégia de patrocínio.
Indiscutivelmente, as plataformas de streaming estão dominando a distribuição de conteúdo e cada vez mais os consumidores são obrigados a gastar mais para ter acesso a tudo. O modelo “streaming first” impulsionou o digital, mas gerou dificuldade para que tudo esteja disponível para todos, como era antes. Fica cada vez mais fragmentado o conteúdo e times têm o ouro nas mãos, que é o conteúdo complementar às partidas. O foco deve ser em como monetizar essa riqueza toda. Reduziu-se os impactos dos patrocínios nas transmissões via visibilidade, por outro lado, a transmissão online permite alta interação, conversão em vendas online e profundo conhecimento dos fãs.
Um 2023 muito desafiador para toda a indústria esportiva.
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