“We are getting data wrong”
Uma visão sobre como os dados podem nos ajudar a abraçar mais a criatividade
Uma visão sobre como os dados podem nos ajudar a abraçar mais a criatividade
Com a evolução da ciência, tecnologia e poder computacional, a cada dia, temos mais informação.
Isto está nos paralisando de uma forma errada.
Estamos com medo porque sentimos que os dados estão nos vigiando.
Esta é apenas a primeira onda.
Estamos nos escondendo atrás dos dados para nos provarmos certos e, também, provar que outras pessoas estão erradas.
Quem tem a melhor narrativa, o melhor preparo acadêmico, mais acesso ao dado e à tecnologia ou a voz mais alta, parece mais inteligente e acha que está ganhando o jogo.
Esta é apenas a segunda onda.
Isto não é diversidade. Isto não é abraçar a diversidade.
E a terceira onda?
Dados são sobre o ato de compartilhar.
Ciência é sobre compartilhar.
Para que o mundo melhore.
Com a abundância da informação, deveríamos estar experimentando mais.
Deveríamos testar mais.
Como meu filho experimenta.
E se ele tem medo, dá passinhos menores, mais controlados.
Testes controlados.
Devemos usar dados para tentar mais, como cientistas fazem.
A criatividade deveria estar florescendo, não paralisando.
Como dizem, coragem não é ausência de medo, mas o sentimento de que existe algo mais importante do que o medo.
Nossa ganância por certeza, enquanto planejamento e controle são pura ilusão.
Em tempos de mudança e incertezas, é impossível ter certeza.
Desapega.
Isto é o que, na minha opinião, estamos fazendo errado com os dados.
Meus valores para a terceira onda:
1. Odiamos dogmatismo baseado em dado: não seja um dado dogmático;
2. Existem muitas poucas verdades absolutas;
3. Dê contexto, perspectiva e seja preciso na linguagem: “naquele contexto de pandemia, naquele lugar, naquele ambiente macroeconômico, em uma perspectiva de produtividade, etc. – o Custo de Aquisição estava pior que a média dos últimos 6 meses”;
4. Mantenha-se firme ao propósito, não ao dado: dados são impermanentes;
5. Não seja o pentelho da sala;
6. Seja luz: 20% é ruim ou bom? 1% é ruim ou bom? Depende do que você vai fazer com isto;
7. Às vezes ganhamos, às vezes perdemos: não é uma grande coisa;
8. Humanos são a tecnologia mais perfeita que existe: é mágico, é uma benção, não os subestime nunca;
9. Não delegue o sonho: tecnologia sozinha não faz nada, dado sozinho não faz nada, insight sozinho não faz nada;
10. Junto é melhor do que separado.
Acredite na sua intuição, tenha empatia (até com a máquina) e crie um sistema de inteligência coletiva.
Pergunte mais do que afirme.
Quando você produz um pensamento, nossos antepassados fazem parte dele. Outras pessoas fazem parte dele. Tecnologias fazem parte dele. O planeta, a comida, os elementos minerais, vegetais, químicos. O passado. Agradeça a tudo isto.
O todo é maior que a soma das partes.
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