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Na Era da TV on Demand, o ao vivo ganha relevância
“Quem sabe, faz o vivo”, diria o Faustão, e para muitas modalidades de conteúdo televisivo e de entretenimento, ele está coberto de razão
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24 de maio de 2021 - 13h31
Houve um tempo em que a TV era só ao vivo. Depois, inventaram um jeito de gravar para exibir: a Era do VT (videotape, para quem não tem idade para lembrar) e isso mudou todo o modo de produção da TV, evidentemente.
Décadas depois, a internet e as plataformas digitais introduziram uma nova lógica não só de produção e reprodução, mas também de distribuição no negócio da TV. E chegamos a Era do Streaming e da TV on Demand, que assistimos quando e onde desejarmos.
Isso, em tese, colocaria em cheque a programação ao vivo, mas não é exatamente o que estamos vendo acontecer. “Quem sabe, faz o vivo”, diria o Faustão. E, para muitas modalidades de conteúdo televisivo e de entretenimento, ele está coberto de razão. Ele próprio e outros programas “de auditório” funcionam assim e seguem tendo enorme valor na grade e na receita das redes de TV.
Talvez seja no âmbito do esporte onde o bicho está mais pegando e os campeonatos esportivos de várias modalidades, com destaque evidentemente ao esporte mais praticado e assistido no mundo, o ping-pong, ooops, o futebol, a briga por direitos e a valorização do ao vivo assumiu caráter ainda mais estratégico e relevante para a briga de audiência e busca de receitas no setor, do que antes, quando não havia o on demand.
Isso se deu porque as grandes plataformas de tecnologia, “intrusas” no ambiente em que reinavam supremas as tradicionais cadeias de TV, entenderam que esses eventos não tem a menor graça se gravados e exibidos depois. Tem que ser ao vivo. E quem quiser jogar esse jogo, vai ter que jogar ao vivo.
Estamos vivendo nestas semanas, nos EUA, a época dos upfronts, da venda antecipada de cotas de patrocínio da programação do conteúdo de TV. E o ambiente, quente como sempre, tem tido esse molho adicional, com plataformas brigando com cadeias tradicionais de TV e o ao vivo sendo mega valorizado.
Com a pandemia, o remoto e virtual ganharam mais e mais espaço. E até por isso, aquilo que é ao vivo, tende a se destacar e ser entendido como algo extremamente especial e, portanto, valioso.
A TV vai reinar como o ambiente de entretenimento dominante, eu acredito, ainda por um bom tempo. Mesmo com a concorrência direta das plataformas digitais das grandes empresas de tecnologia e seus conteúdos digitais exibidos fora da TV, em outros suportes e canais de distribuição.
Mas o ao vivo seguirá sua valorização. E isso é bom porque nos lembra que a vida não é um eterno videotape on demand. Quem vive, vive ao vivo. Certo, Faustão?
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