ProXXIma
27 de setembro de 2017 - 11h48
Por David Reck (*)
Há algumas semanas publiquei aqui mesmo no ProXXIma um texto que já falava sobre mesas de performance ou a relevância da centralização dos dados. Se não leu, siga o link.
Sigo nele porque o tema é de máxima relevância hoje e continuará importante nos próximos anos.
Tenhamos em mente que dados são o coração da tomada de decisão das atividades de marketing para todo e qualquer anunciante e que, por conta disso, muitos deles estão criando suas próprias estruturas internas de gestão.
Mas vamos voltar um pouco no tempo.
Quando você, anunciante ou agência, investia em mídia no passado usava como base as pesquisas de hábitos de consumo. Elas indicavam e ainda indicam um jeitão mais geral de como o consumidor se comporta diante da compra e da comunicação.
Isso ainda pode ser bastante útil. Só que com a chegada do mundo digital, é possível saber não só a tendência do comportamento do consumidor, mas a realidade. Podemos saber exatamente o que ele está comprando, onde está comprando, porque está comprando, quantas vezes está comprando, tudo em tempo real.
Se essas informações forem cruzadas com os seus bancos de dados e o seu CRM, estamos falando do estado da arte em gestão de verbas de mídia online. Conseguimos um aumento enorme da eficácia em performance e rentabilidade do seu investimento.
Porém, para ter todas essas ações e bases de dados normalizadas, precisamos trabalhar na integração dessas informações numa mesma mesa de gestão.
É necessário que todo o aparato tecnológico dessa mesa converse não apenas com todo o ferramental digital do mercado, mas também com todos os sistemas internos da empresa. Na verdade, é preciso transformar tudo em uma coisa só. Com essa base de dados acumulada, a empresa começa a ficar preparada para a previsibilidade do comportamento de seus usuários e consumidores. E aí passamos a falar de algo extremamente valioso, que é a predição de mídia.
Analisando o histórico dos dados, hoje é perfeitamente possível prever o que o consumidor vai fazer. Isso significa ter em mãos a possibilidade de planejar com antecedência os resultados dos investimentos futuros em mídia digital, tudo de forma automatizada.
Da mesma forma que o call center está migrando para os chat bots, a mídia vai começar a migrar para algoritmos de inteligência artificial, deep learning, e todos os tipos de bots que vão pilotar automaticamente a mídia.
Se você e sua empresa não começarem a fazer isso agora, quando essas tecnologias de automação chegarem de vez, não dará mais tempo de você começar. É necessário dois ou três anos de base histórica para evoluir e aprimorar essa inteligência e você já vai ter perdido o timing de evolução tecnológica.
Hoje, a mídia já é uma compra eletrônica. O que falta é a inteligência para decidir, com base nesses dados históricos, o que deve ser comprado.
Ou seja, as empresas que tiverem suas bases de dados centralizadas, terão em mãos um enorme diferencial competitivo no mercado.
Começar ontem é a palavra de ordem.
(*) David Reck é sócio-fundador e CEO da Reamp.