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Amazon: as oportunidades em assistentes de voz
As skills oferecem às empresas novas possibilidades de interação com os consumidores, explica Talita Taliberti, country manager da Alexa no Brasil
Amazon: as oportunidades em assistentes de voz
BuscarAmazon: as oportunidades em assistentes de voz
BuscarAs skills oferecem às empresas novas possibilidades de interação com os consumidores, explica Talita Taliberti, country manager da Alexa no Brasil
Victória Navarro
15 de dezembro de 2021 - 6h00
O lançamento da versão brasileira da Alexa, assistente de voz da Amazon, em 2019, trouxe à tona uma série de possibilidades para desenvolvedores e startups. De 2020 para cá, período da pandemia da Covid-19, os hábitos dos consumidores mudaram e o uso de tecnologia aumentou. Na onda da maior proximidade entre pessoas e voz, as marcas passaram a desenvolver soluções a fim de interagir com seus clientes. Hoje, a Alexa conta com mais de 2 mil skills, inclusive, aquelas criadas por grandes anunciantes, como Nestlé, Natura, Johnson & Johnson, Colgate, Uber, Bradesco, iFood, Itaú Leia para uma Criança e Bayer. “As pessoas estão mais conectadas e buscando mais conveniência do que nunca. Com isto, o uso de tecnologias de voz disseminou-se fortemente, entrando no diatali a dia das pessoas. Isto porque a interação por voz é algo simples de se adotar, já que a voz é a primeira forma de comunicação que usamos”, diz Talita Taliberti, country manager da Alexa no Brasil.
Ao Meio & Mensagem, a profissional explica quais são as oportunidades e as possibilidades que já existem dentro do ecossistema de assistentes de voz e se as plataformas de desenvolvimento de aplicativos dedicados a voz são acessíveis às marcas.
Meio & Mensagem – De 2020 para cá, por que a demanda por conteúdo e por soluções vindas de marcas aumentou em assistentes de voz?
Talita Taliberti – O comportamento do consumidor mudou com a pandemia. As pessoas estão mais conectadas e buscando mais conveniência do que nunca. Com isto, o uso de tecnologias de voz disseminou-se fortemente, entrando no dia a dia das pessoas. Isto porque a interação por voz é algo simples de se adotar, já que a voz é a primeira forma de comunicação que usamos. E, as marcas estão, gradualmente, percebendo esta tendência e entendendo que podem desenvolver soluções para interagir com seus clientes também por esse meio. Na Alexa, notamos este movimento, através da evolução das skills, que são como aplicativos ativados por voz, desenvolvidos pelas empresas, que adicionam funcionalidades à experiência do usuário. Na época do lançamento, dois anos atrás, eram apenas 300 skills. Hoje, falamos em mais de 2 mil disponíveis no Brasil, em diversas categorias. Há a presença de marcas como Nestlé, Natura, Johnson & Johnson, Colgate, Uber, Bradesco, Supermercado Mambo, iFood, Itaú Leia para uma Criança, Jurassic World, Invest News, Bayer, John Deer e Drogasmil.
M&M – Para as marcas, quais são as oportunidades e as possibilidades que já existem dentro do ecossistema de assistentes de voz?
Talita – As skills oferecem às empresas novas possibilidades de interação com os consumidores. Uma das oportunidades é no estreitamento do relacionamento da marca com seus clientes, por meio de experiências, dicas ou funcionalidades úteis. Alguns exemplos incluem a skill de Meditação da Natura; a skill da Colgate, criada para incentivar crianças a escovarem os dentes de uma maneira muito lúdica; a skill da Sadia, com receitas e dicas de preparos de seus produtos; e a skill recém-lançada Desafio Jurassic World, feita pela Universal Studios para promover o filme da franquia, através de um jogo muito divertido. Também há oportunidades para oferecerem uma nova forma de realizar uma transação com as empresas. Exemplos de skills transacionais são a do Uber, que permite pedir uma corrida; a no Supermercado Mambo, capaz de adicionar itens à lista de compras via voz; e do Bradesco, que realiza algumas operações, como consulta ao saldo de conta corrente.
M&M – Considera que as plataformas de desenvolvimento de aplicativos dedicados a voz são acessíveis às marcas?
Talita – Sim. A Amazon possui um site feito, especialmente, para desenvolvedores independentes, agências de desenvolvimento ou mesmo para as marcas que queiram criar diretamente suas skills. Ele traz o Alexa Skills Kit (ASK), que é um hub online que fornece APIs e ferramentas para criação de skills. Qualquer empresa pode desenvolver sua skill e enviar para certificação. Ao mesmo tempo, muitas marcas recorrem a agências especializadas, em busca de maior know-how. No Brasil, temos 11 agências de desenvolvedores, capacitadas no desenvolvimento de Alexa Skills.
M&M – Quais são as barreiras de entrada para a massificação dos assistentes virtuais?
Talita – A tecnologia por voz é uma das formas mais naturais de nos comunicarmos. E, o acesso à Alexa é amplo. Clientes podem usar Alexa com o aplicativo gratuito para smartphones, com dispositivos Amazon, como os smart speakers da família Echo e Fire TV Stick, além de em mais de 650 produtos compatíveis ou com Alexa embutida, fabricados por marcas como Samsung, LG, Multilaser, Intelbras, Positivo e Philips Hue. Isso também tornou a automação residencial mais acessível. Não à toa vemos números expressivos de uso da Alexa para execução de diversas tarefas. O comando de acender ou apagar a luz esteve entre os principais, ativado mais de 320 milhões de vezes, no último ano, pelos brasileiros que possuem equipamentos de casa inteligente.
M&M – Qual é a proximidade do mercado de marketing e de comunicação dessa tecnologia?
Talita – Acredito em um ciclo virtuoso, que envolve crescimento de uso por parte dos clientes e a percepção das marcas e empresas sobre as oportunidades trazidas pelas interações de voz. Estamos completando dois anos de Alexa, no Brasil, e sete anos do serviço de voz, no mundo. Vemos essa evolução. A Alexa brasileira torna-se, cada vez mais, inteligente, sendo projetada e desenvolvida por brasileiros, para brasileiros. Só para se ter um exemplo desse crescimento de interações: “Alexa, bom dia” é uma das ativações mais solicitadas por aqui. Foi dita mais de 38 milhões de vezes nos últimos 12 meses, quatro vezes mais do que no primeiro ano da Alexa no País. À medida que essas interações crescem, mais empresas se sentem inspiradas a criar e interagir por voz com seus clientes, passando sim a considerar esse canal em suas estratégias de marketing.
M&M – Quais são as tendências para os próximos anos, em termos de presença de marca em assistentes virtuais?
Talita – Pensar em interação por voz não é mais algo do futuro, mas sim algo atual. As pessoas passaram a incorporar comodidades de casa inteligente ativadas por voz, passaram a conversar mais com a Alexa, pedindo ativação de timers, com a criação de rotinas, para ouvir boletins de notícias, ouvir músicas e outros. Tanto que configurar alarmes e lembretes também esteve entre os pedidos mais populares nos últimos 12 meses, ativado mais de 26 milhões de vezes. Tanto as funcionalidades de Alexa para produtividade quanto as mais variadas skills facilitam o dia a dia das pessoas e as ajudam a cuidar do que têm de mais valioso, o tempo. Para marcas, estar nessa conversa é fazer parte do dia a dia das pessoas da forma mais natural e orgânica possível, por meio da voz. Da mesma forma, aqui do nosso lado, continuamos inovando para nossos clientes, em produtos da linha Echo e Fire TV e fazendo melhorias no aplicativo Alexa para smartphones, incorporando Alexa a mais produtos de outras marcas e levando a Alexa para dentro e fora das casas dos brasileiros.
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