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Ser considerada um unicórnio afeta o modelo de negócio?

Para Eduardo Lemos, vice-presidente de clientes e qualidade da Loggi, o título reforça a a reputação da startup


9 de julho de 2021 - 6h00

Neste 2021, a startup de logística Loggi captou R$ 1,15 bilhão em rodada liderada pela CapSur Capital, fundo focado em empresas de tecnologia, e por investidores, como Monashees, Softbank, GGV, Microsoft e Sunley House, que já haviam apostado na empresa anteriormente. “Esse recurso foi muito significativo para que a Loggi consiga acelerar a expansão nacional, ampliar ainda mais a capacidade de entrega e seguir incrementando os investimentos em tecnologia”, afirma Eduardo Lemos, vice-presidente de clientes e qualidade da Loggi, que atingiu US$ 1 bilhão em avaliação de mercado em 2019. Com exclusividade para o Meio & Mensagem, o executivo afirma que ser um unicórnio nunca foi o objetivo que norteou o trabalho da empresa, porém, reconhece a importância do título: “É um marco muito importante, uma espécie de selo que reforça a forma como o mercado e os investidores percebem o nosso trabalho”. Eduardo ainda aborda como o crescimento do meio digital, em 2020, impactou o caminho da startup em direção à inovação, ao crescimento do marketing digital e ao aprimoramento de tecnologia.

 

Eduardo Lemos, vice-presidente de clientes e qualidade da Loggi, (crédito: divulgação)

Meio & Mensagem – De qual forma ser reconhecida como um unicórnio afeta o modelo de negócio da empresa?
Eduardo Lemos – Ser um unicórnio nunca foi o objetivo que norteou o nosso trabalho, mas reconhecemos a importância desse título. É um marco muito importante, uma espécie de selo que reforça a forma como o mercado e os investidores percebem o nosso trabalho. Porém, a nomeação representa mais um importante passo na nossa trajetória para atingir nosso objetivo: conectar o Brasil, entregar uma encomenda em qualquer lugar do País.

M&M – Por meio da tecnologia, a Loggi ajuda a fomentar o crescimento de e-commerces e comércios locais. Como o crescimento do meio digital, em 2020, impactou o caminho da startup em direção à inovação, ao crescimento do marketing digital e ao aprimoramento de tecnologia?
Eduardo – Por conta da pandemia da Covid-19, o e-commerce cresceu significativamente e tornou-se um serviço essencial para que as pessoas pudessem praticar o distanciamento social e para que muitos estabelecimentos continuassem operando. Em 2020, vimos os números da Loggi ultrapassarem todos os patamares de 2019. Por exemplo, em julho, auge da pandemia, já tínhamos registrado um crescimento de 500% no número de entregas em relação ao mesmo período do ano anterior. Com a chegada do final do ano, Black Friday e Natal, alcançamos o patamar de crescimento de 360% ano versus ano. O crescimento no volume de entregas fez com que antecipássemos uma série de investimentos que já eram esperados. Ao longo do ano passado, investimos cerca de R$ 150 milhões em automação e tecnologia para aumentar nossa capacidade. No período, inauguramos dezenas de agências próprias e seis novos cross-dockings em diferentes regiões do Brasil. A capacidade de fazer estes investimentos e de acompanhar o crescimento do e-commerce nos colocou em uma posição única em um mercado que acreditamos que ainda crescerá muito nos próximos anos.

M&M – A Loggi possui uma plataforma para o desenvolvimento de estudos em logística, a LoggiBUD. Como a inteligência artificial e o machine learning contribuem, sob uma ótica macro do mercado, para o setor de logística?
Eduardo – A plataforma LoggiBUD (Loggi Benchmark for Urban Deliveries) é um conjunto de dados e scripts de benchmark para resolução de problemas relacionados a otimização de entregas urbanas. A iniciativa tem por objetivo, além de fomentar a pesquisa acadêmica, reduzir a lacuna entre teoria e prática nesta área, visando diversas aplicações de grande impacto econômico e social. Quando olhamos especificamente para inteligência artificial e machine learning, utilizamos diferentes recursos para acompanhar a jornada de cada pacote e garantir mais eficiência na entrega. Configuramos algoritmos de alocação e asseguramos que as rotas sejam sempre as mais eficientes e seguras. Com essa inteligência, conseguimos também acompanhar o nosso desempenho e melhorar a nossa eficiência no dia a dia. Com um detalhado sistema de gestão, conseguimos saber onde o pacote está em tempo real e fazer possíveis ajustes de rota. Além disso, desenvolvemos um sistema de otimização de malha, que nos ajuda a planejar onde abriremos nossos cross-dockings e agências para diminuir a distância até o cliente final.

M&M – A Loggi trabalha lado a lado de empresas e de soluções de martechs e adtechs?
Eduardo – A Loggi tem crescido significativamente nos últimos anos. Nesse contexto, estamos amplificando a atuação do nosso time de Marketing, com um olhar ainda mais direcionado a dados, por meio de um reposicionamento de marca consistente. Além disso, estamos redesenhando o nosso ecossistema de parceiros e soluções para atender e acompanhar a Loggi nesse novo momento como marca e como empresa.

M&M – Neste ano, a Loggi recebeu um aporte da CapSur Capital de R$ 1,15 bilhão, para acelerar a expansão nacional. Como o mercado de capital venture vem contribuindo para a ascensão das startups? No caso da Loggi, mais especificamente, como investimentos do tipo ajudaram a empresa a crescer?
Eduardo – A sétima rodada de investimentos foi o maior aporte recebido na história da Loggi. A série F foi liderada pela CapSur Capital e também contou com a participação do Fundo Verde e de vários investidores atuais, como monashees, Softbank Vision, Softbank Latam, GGV, Microsoft e Sunley House. Este recurso foi muito significativo para que a Loggi consiga acelerar a expansão nacional, ampliar ainda mais a capacidade de entrega e seguir incrementando os investimentos em tecnologia. A empresa está focada em aumentar o ritmo de crescimento, consolidar as iniciativas existentes e desenvolver produtos que mudem o patamar da logística brasileira.

*Crédito da foto no topo: Gremlin/Getty Images

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