Pyr Marcondes
21 de agosto de 2019 - 15h21
A Sólides, HR Tech que oferece uma plataforma cloud de Gestão de Pessoas com People Analytics e Gestão Comportamental, anuncia que recebeu um aporte Series A de US$ 3,5 milhões (cerca de R$ 14 milhões) do DGF Investimentos, empresa gestora de fundos de investimento (Private Equity e Venture Capital) com foco em SaaS e IA que tem importantes empresas em seu portfólio, como a Resultados Digitais (foram os primeiros investidores institucionais), Reclame Aqui e Ingresse.
Este é o primeiro investimento externo recebido pela empresa, que cresceu exponencialmente conquistando mais de 3 mil clientes e formando um time de 150 colaboradores apenas com capital próprio (bootstrap). A startup disponibiliza uma plataforma completa com soluções inovadoras para automação dos processos de atração, desenvolvimento e retenção de talentos utilizando inteligência de dados com foco na redução de erros de contratação e no aumento da performance dos colaboradores.
Segundo levantamento da Grand View Research, o mercado global de gestão de recursos humanos irá chegar a US$ 30,01 bilhão em 2025, um crescimento anual de 11% entre 2019 e 2025. A expectativa positiva é decorrente do aumento da demanda por gestão da força de trabalho e da implementação de sistemas para automação do RH que incluem o emprego de novas tecnologias como Big Data, Inteligência Artificial, Machine Learning e Internet das Coisas. De olho nesta oportunidade, a Sólides se prepara para consolidar e ampliar sua presença como uma das principais HR Tech do Brasil.
“Este aporte chega em um momento muito estratégico para Sólides. Com o recurso, iremos lançar novos produtos e dar sequência ao nosso ambicioso plano de expansão. Nossa meta é continuarmos alcançando um crescimento médio acima de 10% ao mês. Estamos hoje com 150 colaboradores e a previsão é dobrar nossa equipe. Vamos melhorar cada vez mais a experiência dos nossos clientes e desenvolver tecnologias que colocarão a gestão de pessoas no centro da estratégia de toda empresa. Queremos transformar as empresas através das pessoas”, assinala Mônica Hauck, fundadora da Sólides.
Um exemplo destas tecnologias para o RH 4.0 da Sólides é a Robô Ana, de sobrenome Lytics, que há alguns meses vem analisando a base de dados da plataforma para levantar padrões que podem sugerir pontos de melhoria na gestão das empresas. “A expectativa é de que até o final do ano a Ana não apenas levante padrões, mas prescreva ações para melhorar o desempenho da gestão e das pessoas dentro das empresas”, esclarece Mônica.
Segundo ela, a Sólides tem como missão ajudar seus clientes a reduzir a rotatividade e os prejuízos com contratações erradas de profissionais e a melhorar o desempenho da equipe. Sua tecnologia de people analytics auxilia no direcionamento do time à alta performance.
A prova de que a tecnologia desenvolvida tem impactado positivamente o mercado é que a média da rotatividade dos colaboradores dos clientes da Sólides é de 19,2%, bem abaixo da média do mercado, que entre 2011 e 2015 foi de 41,8%, de acordo com dados da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) e do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), uma demonstração de que o emprego da tecnologia pode trazer resultados efetivos para área de RH. “Temos a missão de reduzir o custo de gestão de pessoas dos nossos clientes e colecionamos cases de pequenas empresas que conseguiram economizar centenas de milhares de reais em menos de um ano”, diz Mônica.
“As empresas brasileiras perdem R$ 180 bilhões por ano com contratações equivocadas. Ajudamos nossos clientes a ingressarem na era do RH 4.0 realizando um processo de recrutamento e seleção mais assertivo, o que aumenta o índice de retenção. O primeiro passo é uma análise comportamental a partir do nosso software, ajudando a identificar se há alinhamento dos perfis dos candidatos com os requisitos da vaga, tanto em competências técnicas quanto comportamentais”, explica Alessandro Garcia, fundador da Sólides.
Em outras palavras, com base na cultura da empresa e da identificação de lacunas apresentadas pelos profissionais, o software da Sólides sugere ações estratégicas que transformam o RH. O fato da plataforma ter as ferramentas de RH todas num só lugar dispensa integrações complexas e facilita a análise e oferta de inteligência de dados. Seu modelo de negócios está baseado na venda de assinaturas com preços mensais que variam de acordo com o número de colaboradores. A empresa também tem parcerias estratégicas com 68 licenciados que distribuem o software por todo Brasil.
“Uma má contratação gera um alto custo de rotatividade. Um colaborador não alinhado com a equipe causa queda na produtividade. O maior erro é contratar apenas pelo curriculum, o que acaba levando à demissão por falta de fit cultural ou comportamental. Ajudamos na gestão dos talentos e na criação de um ambiente capaz de engajá-los e retê-los. Além disto, o software aprende com o que funciona melhor e começa a sugerir direções para decisões em gestão de pessoas”, acrescenta Alessandro.
De acordo com cálculos da Sólides, uma empresa com 50 colaboradores gasta em média R$ 408 mil por ano em contratações erradas, incluindo horas gastas em processo seletivo, treinamento, queda de produtividade no posto de trabalho e perda de negócios.
Com seu algoritmo comportamental, validado pela USP e UFMG com acuracidade superior a 97%, a Sólides faz a análise de candidatos e colaboradores em 7 minutos. A partir da avaliação, o programa indica quais são os candidatos com perfis mais adequados à vaga e à cultura da empresa, indicando também quais treinamentos devem ser aplicados, como devem ser geridos e uma série de outras ações automatizadas, sem interação humana, entre elas engajar pessoas, treinar e desenvolver, mitigar conflitos interpessoais e documentar processos de RH.
“O DGF Investimentos acredita fortemente que a utilização do ‘people analytics’ para a gestão de pessoas não é algo somente para empresas de grande porte. O mercado de pequenos e médios negócios adotará de forma cada vez mais rápida soluções que contenham inteligência de dados para melhorar a tomada de decisão”, assinala Patrick Arippol, Managing Partner no DGF Investimentos.
“Depois de mapear de forma completa o ecossistema brasileiro de HR Techs, avaliamos que a Sólides tem o produto ideal para tornar o ‘people analytics’ popular entre empresas de todos os tamanhos. Encontramos na Sólides uma estrutura de vendas e de sucesso do cliente extremamente madura e que conhece de forma profunda a realidade do pequeno e médio empreendedor brasileiro quando o assunto é gestão de pessoas de forma eficiente”, finaliza.
Perfis dos Fundadores
Mônica Hauck, fundadora da Sólides e da Procreare, é graduada e pós-graduada pela UFMG e FGV. Tem MBA em gestão empresarial e graduação em Inovação e Empreendedorismo pela Universidade de Stanford. É vencedora do Prêmio Mulheres Notáveis na categoria Tecnologia. É empreendedora desde 2003.
https://br.linkedin.com/in/monicahauck
Alessandro Garcia, fundador da Sólides, é Estatístico pela UFMG, graduado em Inovação e Empreendedorismo pela Universidade de Stanford, Design Thinking em Berkeley, MBA em Engenharia e Inovação na Estácio. Empreendedor desde 1999. Criou o RHPortal.com.br, o maior portal de RH das Américas. Desenvolveu também um dos softwares para agronegócios mais vendido no Brasil (Procreare), e o Profiler, reconhecido pela FINEP como produto inovador.
https://br.linkedin.com/in/garciabh/
Sobre o DGF Investimentos
DGF Investimentos é um dos principais gestores brasileiros de fundos de investimentos em participações, modalidade também conhecida como Private Equity / Venture Capital. Os profissionais do DGF Investimentos são pioneiros do setor no Brasil e começaram a gerir investimentos bem-sucedidos em um dos primeiros fundos de Venture Capital (VC)/Private Equity (PE) no Brasil, entre 1998 e 2001. A partir da sua fundação em 2001, o DGF vem construindo uma equipe experiente de profissionais e um track record consolidado, já tendo realizado uma série de investimentos e saídas bem-sucedidas. Dentre seus investimentos relevantes, pode-se citar o aporte na empresa Resultados Digitais, na qual o DGF foi seu primeiro investidor institucional por meio de um de seus fundos de Venture Capital focados principalmente em SaaS e AI.