Opinião
Sabe o que as principais metrópoles do mundo têm em comum? Um OOH que é atração!
Distritos de mídia, Mega Leds, Digital Screens, Balé de Drones, intervenções urbanas, quando a publicidade vira ponto turístico.
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4 de novembro de 2021 - 6h00
Tokyo, Nova Iorque, Londres e São Paulo são as esquinas do mundo. Essas cidades, além de estarem na lista das 10 cidades com maior PIB do mundo, também são referências em tudo que tem de novo e impactante no mundo do Out of Home.
Embora demande investimentos extremamente altos, os Jogos Olímpicos, além de ajudar na política externa e interna das cidades e país sede, sempre são uma grande oportunidade para as megalópoles se venderem para o mundo. A capital japonesa, que voltou a ser vitrine global nas últimas Olimpíadas, sempre teve a mídia exterior como parte do DNA da cidade. Se antes já era marcada pelos painéis estáticos, nos dias de hoje, é impossível não lembrar de Tokyo com seus cruzamentos diagonais tomados por centenas de pessoas nas ruas, cercadas pelas telas digitais com seu leds de publicidade.
Shibuya é um dos bairros mais movimentados de Tokyo. A região abriga o maior cruzamento do mundo, conhecido como “Shibuya Crossing”, onde está a estátua do cachorro Hachiko, aquele do famoso filme com o Richard Gere. Essa região concentra um alto fluxo de pessoas com potencial de consumo, ambiente perfeito para a exploração de publicidade através das telas digitais, contribuindo como mais um atrativo turístico da região.
Em Londres, os olhos se voltam para a praça Piccadilly Circus, que foi construída, em 1819, com o objetivo de ligar as ruas Regent St e Picadilly St. Desde a sua inauguração, a área mantém-se bem movimentada, uma vez que se situa no centro da área de teatros de Londres. A estação de metrô localizada na praça – que leva o mesmo nome – foi construída em 1906 e, em 1908, recebeu seu primeiro painel publicitário.
A partir daí, muitos anúncios com lâmpadas incandescentes (posteriormente, neon) foram surgindo em torno da praça. No início da década de 1960, decidiu-se que o local precisava ser redesenhado para permitir um maior fluxo de tráfego, expansão que intensificou o comércio na área e tornou o espaço um ponto de encontro turístico. A partir de 1998, projetores digitais foram usados para um painel da Coca-Cola – o primeiro a ser informatizado – e, na década de 2000, houve um movimento gradual para displays de LED, os quais substituíram completamente as lâmpadas de neon em 2011. As luzes da Piccadilly são tão importantes para a cidade que foram apagadas apenas em algumas ocasiões importantes, como na morte do antigo primeiro-ministro britânico Winston Churchill (1965) e na morte da princesa Diana (1997).
A Ocean Outdoor, uma das principais empresas de OOH do Reino Unido, responsável por aplicar a elegância britânica às conexões urbanas da terra da rainha, posiciona-se como The Art of Outdoor. A cada novo filme do 007, a expectativa da cidade se volta para as peças de DOOH, pois a campanha do filme nos ativos digitais de mídia da Ocean é uma atração à parte. No Picadilly Lights (nome dado ao megaled do local), o trailer do filme foi apresentado em primeira mão em 2019, antes da pandemia, e retornou em 2021 quando a estreia de No Time to Die foi confirmada nos cinemas.
Chegando à América, em Nova Iorque, um dos distritos de mídia mais conhecidos do mundo, a Time Square se destaca como o coração de Manhattan. Foi por volta de 1904 que a região ganhou esse nome, com a chegada do jornal New York Times, quando começou a instalar seus primeiros painéis luminosos. Com o passar dos anos, o local passou a ser cada vez mais movimentado, atraindo o interesse das empresas que apostavam em anúncios luminosos para ganhar a atenção do público, como é o caso da Coca-Cola, que lá se instalou na década de 30 e continua a anunciar no mesmo local até hoje.
Nos anos 80, a Times Square era considerada uma região perigosa, porém, nada impedia que o trânsito de pessoas e carros fosse intenso, gerando mais interesse dos anunciantes em expor suas marcas em grandes painéis luminosos. Essa vontade de ser visto por seu público continuou crescendo e, hoje, as maiores marcas têm seus painéis digitais ligados 24 horas por dia, que, por ser o maior ponto turístico do mundo, alcança em média 1.5 milhões pessoas por dia.
Uma curiosidade interessante é que todos os prédios ao redor da rua são obrigados a colocar painéis luminosos em suas fachadas para fins de publicidade, isso explica por que o lugar se tornou o maior do mundo em mídias out of home.
A Clear Channel é uma das maiores empresas de publicidade em outdoors do mundo, com mais de 675 mil outdoors em mais de 40 países em cinco continentes, incluindo 47 dos 50 principais mercados nos Estados Unidos. A empresa tem uma divisão chamada Spectaculars, criada especialmente para operar os DOOH mais incríveis na Times Square.
Abrangendo um quarteirão inteiro da cidade e, de longe, o maior outdoor já visto na Times Square, esse icônico painel foi montado pela Vornado Realty Trust em uma reforma espetacular da fachada do hotel Marriott Marquis e dos espaços de lojas. Localizado na 1.535 Broadway, entre as Ruas 45 e 46, o novo painel oferece uma grande superioridade em tamanho e posicionamento na marquise no coração da região, pois é visível de praticamente qualquer ponto de observação na Times Square. Um espetáculo à parte dos já consagrados espetáculos de teatro da Broadway.
São Paulo é a quarta esquina do mundo e, nos últimos anos, vem acelerando a experiência do DOOH para as marcas, pois a lei da cidade limpa provocou uma reorganização do meio na capital paulistana.
A digitalização e as novas concessões de metrô e terminais de ônibus também trouxeram uma cara mais moderna e global para São Paulo, mas a retomada dos painéis com os players da central de outdoor se faz necessária para uma pluralidade de formatos e ações pela cidade.
Destaque recente de OOH em São Paulo, com participações também em outras cidades brasileiras, foi o balé de drones, uma ação criada para a Johnnie Walker – pela AlmapBBDO, Altermark e AlterLabs –, que contou com frases de celebridades, incluindo Grace Jones, Dolly Parton, Alok, Djamila Ribeiro, entre outros. A campanha é uma ação global da marca para incentivar que as pessoas se movimentem mais, principalmente após a reclusão vivida pela pandemia.
Esses cases, nas principais esquinas do mundo, provam que o OOH é mais do que mídia: é atração, é sensação!
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