“Eu presto atenção no que eles dizem, mas eles não dizem nada…”
Os números nem sempre contam toda a história e, muitas vezes, não dizem nada
“Eu presto atenção no que eles dizem, mas eles não dizem nada…”
BuscarOs números nem sempre contam toda a história e, muitas vezes, não dizem nada
10 de outubro de 2023 - 10h22
Lembra daquele jogo de futebol em que um time teve 65% de posse de bola, mas perdeu por 2×0? Da mesma forma, no cenário dos investimentos em mídia, isso ocorre com frequência.
Avaliar o desempenho de um meio apenas com base no faturamento publicitário deixa de lado inovações, possibilidades e diferenciais importantes. O rádio, por exemplo, tem mantido uma participação publicitária de 4% por mais de 5 anos, mas continua a se reinventar e a desempenhar um papel fundamental nas campanhas publicitárias, especialmente em um país do tamanho do Brasil.
De acordo com a Kantar Ibope, 82% dos ouvintes de rádio lembram de ter ouvido anúncios em áudio, destacando o poder da memória sonora. Em um mundo em que realizamos muitas atividades simultaneamente, ouvir rádio enquanto dirigimos e nos informamos se tornou uma combinação perfeita, com 46% dos ouvintes preferindo estações de notícias.
Para aqueles que consideram o rádio um meio popular demais, é interessante notar que as classes AB têm uma presença ainda mais significativa entre os ouvintes, em comparação com sua representação na população geral.
Um dos maiores especialistas em rádio no Brasil, Fernando Morgado, compartilhou recentemente uma descoberta reveladora: o rádio ultrapassou a TV nos Estados Unidos. No terceiro trimestre de 2022, esse meio alcançou 41% a mais de pessoas do que a televisão ao vivo e sob demanda, de acordo com a Nielsen. Ele chegou a 83% dos consumidores todas as semanas durante esse período, em comparação com 59% da TV. Mais impressionante ainda, superou a TV entre o público de 18 a 49 anos.
O futuro, com suas novas tecnologias e o mundo digital, é aliado do rádio, mas, ao mesmo tempo, as emissoras precisam se adaptar comercialmente a esses novos tempos. Projetos especiais e parcerias com empresas de mídia mobile e out-of-home, que acompanham a rotina e as conexões das pessoas, podem e devem ser trabalhados de forma integrada, permitindo que o rádio fortaleça sua presença na memória sonora, somando-se à memória visual proporcionada pelo OOH, por exemplo.
No cenário atual, o rádio está passando por uma transformação significativa. As inovações tecnológicas estão moldando o futuro desse meio de comunicação, criando novas oportunidades para a publicidade. Vamos explorar algumas das tendências mais notáveis no mundo do rádio e suas implicações no campo publicitário.
1. Streaming de áudio: com o aumento da popularidade dos serviços de streaming, como Spotify e Apple Music, as estações de rádio estão se adaptando. Muitas delas agora oferecem transmissões online e aplicativos móveis para alcançar um público global.
2. Personalização: a personalização está se tornando uma prioridade. As rádios podem usar algoritmos para recomendar músicas com base nas preferências do ouvinte, tornando os anúncios mais relevantes e eficazes.
3. Publicidade programática: a automação está transformando a forma como os anúncios são vendidos e veiculados no rádio. A publicidade programática permite que os anunciantes segmentem com precisão seu público e otimizem campanhas em tempo real.
4. Podcasts: os podcasts estão se tornando uma parte importante do universo do rádio e vídeo. Eles oferecem oportunidades únicas para a publicidade nativa e colaborações com criadores de conteúdo.
5. Integração de voz: assistentes de voz, como Alexa e Google Assistant, estão integrando o rádio em suas funcionalidades. Os ouvintes podem sintonizar estações, solicitar músicas e receber informações por meio de comandos de voz.
Essas tendências indicam que o rádio está longe de ser um meio obsoleto. Pelo contrário, está se reinventando e aproveitando as oportunidades oferecidas pelo cenário digital em constante evolução.
A combinação do alcance massivo do rádio tradicional com as vantagens das novas tecnologias está tornando-o altamente atrativo para os anunciantes. A capacidade de alcançar um público diversificado e, ao mesmo tempo, oferecer mensagens altamente direcionadas é uma das maiores forças do rádio moderno.
Além disso, a memória sonora é um poderoso ativo publicitário. Quando feita de forma eficaz, a publicidade de áudio no rádio pode criar conexões emocionais duradouras com os ouvintes. E, como mencionado anteriormente, a integração de voz abre novas portas para a interação entre os ouvintes e o conteúdo das estações de rádio.
Em resumo, o futuro do rádio é promissor, e as inovações publicitárias estão desempenhando um papel crucial em sua relevância contínua. Este é um momento emocionante para anunciantes e emissoras que desejam explorar as possibilidades oferecidas pelo rádio moderno e suas capacidades de alcance e envolvimento únicos.
Compartilhe
Veja também
IBM e expectativas para 2025: sustentabilidade, segurança e automação
Com IA como carro-chefe, executivos da empresa de tecnologia falam sobre as tendencias tecnológicas para o ano que vem
10 tendências de publicidade digital para 2025, segundo a US Media
Bruno Almeida, CEO da empresa, destaca temáticas como IA, programática e social commerce