Strum, da Infracommerce: o papel do m-commerce na experiência do cliente
Online se tornou vitrine com aplicativos como ferramenta de planejamento de compra, aponta o executivo
Strum, da Infracommerce: o papel do m-commerce na experiência do cliente
BuscarOnline se tornou vitrine com aplicativos como ferramenta de planejamento de compra, aponta o executivo
Victória Navarro
10 de novembro de 2022 - 6h00
Ser um dos países em que as pessoas mais navegam pela internet via dispositivos móveis; a busca por reviews de produtos em diferentes plataformas; a existência de usuários assíduos em redes sociais; e o amplo acesso à internet são alguns dos fatores que motivam o crescimento do mobile commerce (m-commerce) no Brasil.
Segundo dados do estudo Webshoppers, realizado pela Nielsen a partir de base de dados que compreende 97 mil lojas no País, no ano passado, o segmento movimentou receita de R$ 95,5 bilhões, ou seja, 53% das vendas em e-commerce.
Entre as vantagens da venda por meio de smartphones, estão a praticidade, uma vez que o consumidor consegue consultar preços em diferentes lojas e avaliar as condições de pagamento e logística, e a mobilidade que, por sua vez, derruba as barreiras geográficas do varejo e permite a disponibilização de experiência agradável, diz Denis Strum, diretor da vertical de negócios Infradigital, do ecossistema de comércio digital Infracommerce.
Com os novos hábitos de consumo e a tecnologia, as empresas estão desdobrando-se para maximizar seus resultados de mídia online em mercado mais competitivo. “A mídia programática é uma das alternativas, já que traz a relevância dos anúncios para cada usuário, individualmente. O deep learning, ramo do machine learning que simula os padrões neurais humanos na tomada de decisões autônomas, é um aliado poderoso das marcas na criação de experiências para o público, aliando a personalização à alta performance”, afirma.
Ao Meio & Mensagem, Strum explica o impacto no m-commerce na experiência do cliente:
Denis Strum – O marketing digital não é negociável para marcas que querem estar onde seus clientes estão. Estar no digital é obrigação para as empresas que querem conversar com os seus consumidores, que, ano após ano, passam mais tempo na frente das telas. Em cenário pós-pandemia, muitos varejistas conseguiram aumentar sua presença online, na medida em que a demanda pelo comércio eletrônico aumentou. A batalha pela atenção dos consumidores migrou para o online. Gritamos uns com os outros nos computadores, tablets e dispositivos móveis dos clientes. Enviamos campanhas de e-mail. Realizamos campanhas publicitárias regulares em sites, canais de mídia social e mecanismos de pesquisa. E comercializamos nossos produtos por meio de influenciadores do Instagram, YouTube e TikTok. Não estar nesses canais é não estar onde o seu consumidor está.
Strum – Os números crescem por alguns motivos. Somos o sexto maior mercado de smartphones do mundo e o terceiro país em termos de horas gastas na navegação pela internet em dispositivos móveis. Outro fator que explica esse cenário é que o público brasileiro é famoso por pesquisar reviews de produtos em diferentes plataformas; e são usuários assíduos de redes sociais, amplamente utilizadas via celulares. Por fim, o acesso mais amplo à internet, inclusive para as populações de áreas mais remotas, permitiu que os consumidores da América Latina fizessem compras a qualquer hora, em qualquer lugar, de seus dispositivos móveis.
Strum – O online tornou-se vitrine com aplicativos sendo usados como ferramenta de planejamento de compra. Portanto, se as marcas enxergarem o que motiva os seus clientes a utilizarem os apps, elas terão grande vantagem. Um estudo da Webshoppers detalhou os principais fatores que motivam os clientes a usarem aplicativos: comprar sem sair de casa, promoções especiais, economia de tempo, aplicativos são fáceis de usar e opções de meios de pagamento diferentes. Quem conseguir, de forma ágil, traduzir o que o cliente quer em seus aplicativos, terá muitos ganhos.
Strum – O celular é um canal crítico para alcançar os consumidores. A vantagem da mídia móvel é que você pode alcançar o consumidor em movimento. O celular é um meio de comunicação de massa pessoal. Esta não é uma mídia de consumo de massa, como cinema ou televisão. O celular alcança consumidores individuais em base individual. Além disso, os usuários móveis estão permanentemente conectados e muitos passaram a confiar em seus telefones como fonte de informação. Nenhum outro meio é tão onipresente quanto os celulares que estão nos bolsos e bolsas de tantas pessoas. Também já existem aplicativos para utilizar a realidade aumentada (AR) em jogos, bem como em combinação com reconhecimento de localização. Como cada dispositivo móvel individual é registrado separadamente na rede, o celular tem, potencialmente, informações de audiência mais precisas que qualquer outro meio.
Strum – As empresas desdobram-se para maximizar seus resultados de mídia online, em mercado mais competitivo. A mídia programática é uma dessas alternativas, já que traz a relevância dos anúncios para cada usuário, individualmente. O deep learning, ramo do machine learning que simula os padrões neurais humanos na tomada de decisões autônomas, é aliado poderoso das marcas na criação de experiências para o público, aliando a personalização à alta performance. Com a evolução na precisão desse algoritmo inteligente, podemos ter visão holística e precisa sobre a posição exata de cada usuário dentro do funil de vendas e, a partir disso, personalizar anúncios específicos para cada momento, seja no formato ou conteúdo. Tudo realizado de forma automatizada e dentro da dinâmica rápida e intensa do ecossistema programático. Com mais gente no mobile, o volume de dados à disposição só aumenta, tornando mais avançada sua performance.
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