Diálogo entre cinema e publicidade
O diretor de filmes João Tenório conta como gosta de unir a alma de cineasta ao trabalho publicitário e ressalta as parcerias que o enriqueceram profissionalmente
O diretor de filmes João Tenório conta como gosta de unir a alma de cineasta ao trabalho publicitário e ressalta as parcerias que o enriqueceram profissionalmente
Meio & Mensagem
3 de fevereiro de 2014 - 8h02
O jovem DJ dos anos 1990 – que gostava de música, teatro e de escrever – descobriu, na adolescência, que queria fazer cinema ao assistir a Cães de Aluguel (Quentin Tarantino) e ler o livro Hitchcock/Truffaut: Entrevistas (François Truffaut e Helen Scott). Formado pela Faap, João Tenório trabalhou como montador freelance antes de tornar-se editor de documentários e, posteriormente, diretor. Na Vetor Zero/Lobo, onde está há dez anos, dedica-se à direção de atores alinhada a efeitos digitais e também trabalha paralelamente com ficção para cinema e televisão. “Procuro trazer o lado cineasta aos trabalhos de publicidade. Há um diálogo positivo entre essas áreas. É interessante desenvolver peças com atores, pois há uma tendência de filmes com cenários feitos em pós-produção”, diz Tenório, sobre seu gosto por trabalhar com atores. Para o diretor, esse é um trabalho de imaginação.
Quando entrou na Vetor Zero, trabalhava como redator e coordenador da equipe de motion graphics. Como tinha formação em cinema, passou a fazer os tratamentos para a produtora. Lá, seus trabalhos mais marcantes foram a campanha “Momento”, criada para o HSBC, e “2 Boys”. “É uma animação, mas foi concebida como filme de cena”, lembra o diretor da Vetor.
Tenório – que trabalha com os diretores e sócios Nando Cohen e Mateus de Paula Santos – afirma que as parcerias o ajudam no crescimento profissional. “Tive a sorte de trabalhar com grandes profissionais da publicidade, com quem aprendi a comunicar uma ideia claramente, tanto nos filmes quanto verbalmente, ao ajudar todos os envolvidos a visualizarem o filme antes de ele ser feito”, declara.
Inspirado no curta Pode Piorar (depois de levar um rapaz ao hospital, taxista e passageiro descobrem que o resgate ainda não terminou), seu trabalho mais bem-sucedido, Tenório criou um roteiro para um longa-metragem. Agora, o trabalho está em análise em algumas distribuidoras. “É uma história que merecia mais tempo, senti que havia uma demanda para se saber mais sobre essa premissa”, completa.
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