E se o brief fosse: transforme o que te inspirou no SXSW em um plano de ação?!

17 de março de 2023 - 9h12

1. Mapeie as principais dores da sua marca atualmente, assim como as dores que ela resolve na vida das pessoas. Olhe para os macrotemas que pautaram o evento e escolha o que necessário. Não saia adotando tudo sem antes analisar o seu contexto e vislumbrar o seu futuro. Aqui vão alguns macrotemas presentes no que vi no SXSW.

– AI/ inteligência artificial generativa, games, tecnologias imersivas. Vale citar que fará melhor uso dessa tecnologia quem começar desde já a “treiná-la” para que ela devolva o que faça sentido dentro dos desafios da marca.

– Liderança e trabalho. Nunca o assunto foi tão discutido. As mudanças comportamentais trazidas pela pandemia, pelas diferenças geracionais, pela valorização crescente da vida fora do ambiente do trabalho, pelas novas relações das pessoas com dinheiro x acesso x posse, são desafios enormes que precisam ser encarnados pelas lideranças tanto na contração quanto na retenção de talentos. Trabalho híbrido, creator economy, modelos colaborativos estão se estabelecendo muito rapidamente dentro de empresas que já entenderam que esse movimento não tem volta e só se fortalecerá. Outro ponto fundamental é perceber que Enquanto perdemos tempo nos preocupando com as possíveis perdas que teremos aos sermos “substituídos” pela inteligência artificial, nos privamos de pensar como ela pode melhorar substancialmente o nosso trabalho nos tornando mais produtivos, liberando horas perdidas em tarefas burocráticas para serem usadas em criatividade e pensamento. Adotem a AI como aliada e não como ameaça. Aprendam mais com ela, se aprofundem em temas do seu interesse com a ajuda dela e aproveite para dar saltos de qualidade no que você faz.

– Narrativas. Há anos esse tema está presente não apenas no SXSX mas na maioria dos festivais que falam sobre inovação. As narrativas são uma Ferramenta fundamental para nos aproximarmos das pessoas certas, para influenciarmos e trazermos para perto aqueles que podem potencializar projetos e ideias. Narrativas poderosas são essências desde a condução dos nossos relacionamentos até a comunicação em massa que democratiza grandes poéticos, serviços e marcas:

– Qualidade de vida e bem estar. Painéis lotados discutindo sobre a psilocibina/ cogumelos mágicos que podem revolucionar a área de saúde mental que está há anos estagnada e como isso tem efeitos diretos na economia, consumo, criação de produtos, legislação e ética acerca de medicamentos, desenvolvimento de comunidades e da própria sociedade.

– Foco. Amy Webb falou lindamente sobre a quantidade de tendências e tecnologias que aparecem todos os dias mas lembrou da importância do foco ao adotar cada uma delas. Quando estamos focados enxergamos o que importa. Então a melhor coisa a se fazer é focar na marca, nos seus desafios e entender que tipo de inovação é necessária para atingir nossas metas.

– Mudancas climáticas e aquecimento global. Não há mais tempo para deixar essa questão para depois. Entenda isso, aja com urgência, influencie pessoas e marcas a também se mobilizarem pela continuidade da vida no planeta. Invista.

2. Tendo isso mapeado, conecte as pessoas certas para desenhar os próximos passos. Tenha nas suas conversas estratégicas os especialistas que conhecem de AI, games, liderança e seja lá o que for que você precise para dar o próximo passo da marca. Vejo muitas discussões que poderiam ser mais ricas se usassem o princípio do trabalho colaborativo para desenvolver melhor as possibilidades antes mesmo de chegar na criação de projetos. Fale com quem entende desde o dia 1. Isso muda o roteiro.

3. Pense no futuro mas não esqueça o presente. Qualquer mudança que precise ser feita agora e é deixada para depois, atrasa o percurso da marca até onde ela quer chegar. As previsões devem nos fazer agir agora ao invés de nós congelar em meio ao turbilhão de transformações que estão chegando.

4. Não institucionalize o caos. Se não tivermos clareza de quem somos, das dores que resolvemos na vida de clientes, do que queremos ser daqui por diante, fatalmente nos perderemos. Faço o mapa de cenários e contextos, priorize, faça escolhas. Esse é o futuro sustentável que devemos para os nossos negócios.

5. E por fim, somos parte de algo maior que nossas próprias marcas, negócios e comunidades. Tem tanta riqueza de pensamento no mundo, tanta gente disposta a fazer a coisa certa, tanta força colocada na direção correta para fazer do mundo um lugar menos inóspito para TODOS. Não é mais aceitável ignorar os problemas que nos cercam sem fazer nada para acabar com eles.