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SXSW

Streaming, vídeos curtos e diversidade são tendências no entretenimento

Estudo Top Entertainment Trends for 2023, da Luminate, detalha crescimento em categorias de música e filmes


21 de março de 2023 - 19h01

Mais uma edição da pesquisa Top Entertainment Trends for 2023 foi apresentada pela Luminate no South by Southwest. O estudo identificou crescimento em streaming, vídeos curtos e em diversidade. Na contramão, há queda no interesse em NFTs.

Latinos impulsionaram o mundo da música em 2022 (Créditos: Stas Knop/Pexels)

Streamings e gêneros musicais

O streaming se torna mais relevante conforme seu uso cresce. Os usuários dos Estados Unidos atingiram um trilhão de reproduções em dezembro do ano passado. A música “As it was”, de Harry Styles, foi grande impulsionador do consumo no último ano.

Os gêneros que mais ganharam mercado foram o latino e de k-pop. A música latina é a que teve crescimento mais rápido em 2022, com destaque para o artista Bad Bunny. Cerca de 37% dos consumidores do gêneros não tem origens hispânicas. A maioria é millennial.

Da audiência de k-pop, 71% são geração Z e millennials. Os mais novos consomem mais vídeos. O consumo de vídeo ajudou, inclusive, a impulsionar a banda Black Pink.

Desafios na indústria musical

Há desafios para esse mercado. A pesquisa mapeou que há um aumento expressivo no upload de músicas desde 2021 e apenas 4% desses uploads são de grandes gravadoras. “A descoberta está mais crítica do que nunca”, disse Rob Jonas, CEO da Luminate.

Impacto de conteúdo em música

Aplicativos de vídeos curtos não são mais novidades, mas as formas de usá-los de forma efetiva ainda estão sendo descobertos pelo mercado. A pesquisa identificou que esse tipo de conteúdo é importante para o descobrimento de novas canções, principalmente entre a Geração Z, que é a que mais usa o aplicativo TikTok. Dois de três usuários de TikTok descobrem músicas no app. De forma geral, os super-fans são ávidos por mais conteúdo.

O estudo revelou que eventos de música transmitidos ao vivo via streaming, como o especial de Elton John no Apple TV+, trazem mais visibilidade e alcance para o catálogo do cantor do que sua parceria com Britney Spears para o lançamento de Hold Me Closer, uma nova versão de Tiny Dancer.

O lançamento de um álbum e explorar novas frentes de negócios, como biografias, merchandising e outros, também gera atratividade ao catálogo do artista. Os fãs da geração Z expressam querer mais opções de merchandising. Dentre os produtos, o disco de vinyl faz sucesso entre super-fans, ainda que metade não tenha uma vitrola. O público LGBTQIAP+ também é forte consumidor de vinis, mas esses costumam ter o reprodutor.

Super-fans de franquias

A apresentação também passou por cima de dados de fãs de franquias de filmes como LucasFilm e Marvel, ambas adquiridas pela Disney. Depois da aquisição, o número de receitas de bilheteria dos filmes lançados por ambas as marcas aumentou expressivamente (US$ 10 bilhões e US$ 32 bilhões, respectivamente), assim como a receita das franquias no geral.

Cerca de 52% dos fãs de franquias de filmes são super-fans. Esse recorte gasta mais tempo (67%) e dinheiro (78%) no consumo de filmes.

Queda dos NFTs

Os tokens não-fungíveis foram mencionados no relatório do ano passado, mas em 2022 os ativos digitais enfrentaram dificuldades. A demanda caiu 58% em relação ao verão de 2021. Segundo a Luminate, a população não está mais tão disposta em gastar com NFTs por conta da situação econômica global, de inflação alta.

Os millennials são os mais animados em relação ao ativo, mas ainda há desconhecimento geral: ⅔ da população já ouviu falar sobre NFTs e 4/10 sabem definir, mas a maioria não entende o hype, acham confuso ou acreditam que quem compra tem em vista especulação e dinheiro.

Aqueles que compram NFTs são mais interessados em artes digitais, peças relacionadas a música ou videogames.

Diversidade de consumo

O CEO da empresa relacionou o aumento da representatividade na música, filmes e nos palcos à demanda da audiência. A pesquisa coloca que hispânicos gastam 10% a mais em entretenimento do que a média do consumidor dos EUA e são 22% mais prováveis de assistir filmes em cinema.

Americanos negros e latinos preferem podcats de entretenimento, comédia e saúde. Ainda em termos de consumo, os asiáticos gastam mais em aparelhos tecnológicos. Já os americanos preferem destinar seus ganhos a experiências.

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