SXSW
Um triunvirato nada óbvio
Um convite de Amy Webb, Charles Duhigg e Rohit Bhargava para compreender e moldar o futuro
Um convite de Amy Webb, Charles Duhigg e Rohit Bhargava para compreender e moldar o futuro
14 de março de 2024 - 17h17
Há dias mergulhada de cabeça num caldeirão de ideias que prometem mexer com o nosso futuro, minha ansiedade por organizar pensamentos não para de tentar fazer pontes entre as mentes brilhantes que passam aqui por Austin.
Humildemente arrisco tornar pública uma dessas minhas “pontes”. Um triunvirato de Amy Webb, Charles Duhigg e Rohit Bhargava.
Amy Webb, nossa futurista de mão cheia, traz para a mesa sua capacidade incomparável de prever tendências e desafios que estão no horizonte. Suas sessões, ricas em insights baseados em dados, nos compelem a olhar além, instigando empresas, tecnólogos e criativos a se prepararem para o imprevisível. No SXSW, as análises de Amy não são meras apresentações; são chamados à ação, convidando- nos a integrar o futuro em nossos processos decisórios.
Já Charles Duhigg, um jornalista premiado com o Pulitzer, revoluciona a compreensão da comunicação humana na era digital. Em sua sessão, destacou que a comunicação é o superpoder do homo-sapiens. E, nos ensinou que, em uma conversa, são as perguntas que nos permitem acessar esperanças e sonhos, facilitando a vulnerabilidade. Ser vulnerável não é sobre chorar, mas sobre se abrir para o julgamento alheio. Essa mera possibilidade – de ser julgado – é o que nos conecta (pessoal e profissionalmente).
Rohit Bhargava, por sua vez, compromete-se com a missão de incentivar um pensamento não obvio. Em sua sessão, ele compartilhou quatro elementos essenciais para tal abordagem: 1. Criar espaço para novas ideias por meio da prática de mentalmente “viajar no tempo” (time travel); 2. Revelar insights pela observação e ser capaz de notar mudanças de longo prazo para além da “moda”. Por exemplo: ao comparar fotos do Dia dos Pais ao longo de trinta anos, Bhargava percebeu que o pano de fundo das fotos foi se transformando na velocidade das mudanças culturais; 3. Encontrar foco com uma boa curadoria, aprendendo a conviver com múltiplas respostas corretas ao mesmo tempo; 4. Definir um “twist” para ser único, hackeando o comportamento humano inesperado.
Na minha visão, eles formam um poderoso trio do SXSW, nos guiando por esse labirinto do futuro com as tochas da antecipação (Amy), comunicação eficaz (Charles) e pensamento disruptivo (Rohit). Enquanto nós, como participantes, somos convidados a mergulhar em seus universos, absorver, discutir e aplicar seus insights em nossas vidas pessoais e profissionais.
À medida que o SXSW se desenrola, abraçamos a oportunidade de superar o comum, de elevar nossas conversas e ações. Inspirados pela sabedoria coletiva de Amy, Charles e Rohit, estamos no limiar da mudança, prontos para aproveitar o poder da compreensão, articular nossas ideias com clareza e explorar o vasto universo do pensamento criativo.
Fica enfim meu desejo de, no espírito do SXSW, convidar-nos a não apenas prever o futuro, mas moldá-lo.
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