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Opinião

Web Summit 2022, eu não sei nada

A quantidade de pensamento é gigantesca, e ainda não consegui processar tudo que vivenciei. No entanto, saio com muito aprendizados, oportunidades de conhecimento e a grata sensação de ser tolo em tantos assuntos, o que renova e muito a nossa capacidade de aprender e inovar


7 de novembro de 2022 - 12h55

Vim para o Web Summit 2022 com a missão de abrir a mente, descobrir coisas novas e expandir os horizontes. Depois de alguns anos de pandemia, onde o foco total estava na sobrevivência do negócio, entendi que agora era o momento de voltar a ter uma visão mais ampla e navegar em novos mares também.

Estar neste festival, onde a raiz da sua existência não é propaganda, marketing ou comunicação, foi fundamental para o propósito da minha participação. Na nossa zona de conforto e conhecimento, acabamos tomando decisões automáticas, seguindo caminhos e repetindo algumas fórmulas.

Entre as primeiras pessoas que conversei no festival estavam dois londrinos, quase nerds, desenvolvedores e atuando no mercado das fintechs. E a primeira pergunta que eles me fizeram, ao saber que era do Brasil, foi um choque: qual a minha avaliação das cryptos na Venezuela. Naquele momento, meu chão despencou. Pedi desculpas e confessei que não sabia nada sobre o tema, mas ficaria feliz se eles me explicassem mais. Eles foram gentis e diretos (como bons britânicos), contando mais sobre o cenário no país vizinho e o quanto ele está se tornando um case global, tanto em mineração quanto nas carteiras. Um movimento contra a eterna crise e caos financeiro venezuelanos.

Esta foi, para mim, a recepção do festival sobre abrir a mente e conversar com pessoas diferentes e fora da nossa indústria.

Durante todos os dias do Web Summit, busquei escutar e aprender coisas completamente diversas em muitos temas – saúde, comunicação, varejo, fintechs, neurociência etc. Redescobri que um caderno de notas em um festival desta magnitude é o maior aliado dos pensamentos, sem as distrações do celular/computador e com a possibilidade de rabiscar assuntos cruzados e tentar organizar a mente.

A quantidade de pensamento é gigantesca, e ainda não consegui processar tudo que vivenciei. No entanto, saio com muito aprendizados, oportunidades de conhecimento e a grata sensação de ser tolo em tantos assuntos, o que renova e muito a nossa capacidade de aprender e inovar – ou, como diria Steve Jobs, “stay hungry, stay foolish”.

Que venha agora o ciclo de implementação de tudo que vivemos no Web Summit. Bora fazer acontecer, já que o futuro está em nossas mãos e em nossas escolhas.

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