A aposentadoria de Barbra Streisand e o poder de escolha
Que o exemplo da multitalentosa atriz permaneça nesses tempos em que a longevidade se torna um assunto mais presente no nosso dia a dia
A aposentadoria de Barbra Streisand e o poder de escolha
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8 de novembro de 2023 - 11h53
Quem tem menos de 35 anos, possivelmente conhece o nome Barbra Streisand da música de mesmo nome do DJ norte-americano Duck Sauce, que fez sucesso nas pistas nos anos 2010. E muito provavelmente também assistiu a refilmagem de “Nasce uma estrela”, com Lady Gaga, que rendeu à atriz e cantora um Oscar de melhor canção em 2019, com a pegajosa “Shalow”. Barbra estrelou uma versão desse mesmo filme em 1976, ao lado do ator Kris Kristofferson, no papel interpretado por Bradley Cooper na versão mais atual.
Tinha seis anos quando o filme com Barbra Streisand foi lançado e só fui assisti-lo muitos anos depois, já adulta. Mas, me lembro muito bem da estrondosa repercussão do filme à época e de sua trilha sonora interpretada também por Barbra por influência de minha irmã, nove anos mais velha, que literalmente passava dia e noite ouvindo o vinil com a trilha do filme durante muito tempo. Desde então, Barbra Streisand para mim sempre foi sinônimo de uma mulher multitalentosa e com bastante personalidade.
O anúncio de sua aposentadoria do show business, aos 81 anos, nessa semana, teve ampla cobertura da mídia nos Estados Unidos. “Quero viver a vida. Quero me divertir mais”, relatou a atriz ao admitir que não se divertiu muito em sua vida e quer aproveitar mais a família. “Quero entrar na caminhonete do meu marido e passear, espero que com as crianças em algum lugar perto de nós. A vida é divertida para mim quando eles vêm. Eles adoram brincar com os cachorros e nós nos divertimos. Não me diverti muito na vida, para falar a verdade”.
Como último ato de uma longeva trajetória, Barbra anunciou o lançamento do livro de memórias “My Name is Barbra”, publicação com 992 páginas. Conhecida por sua postura reservada e avessa a entrevistas, é a primeira vez que a vencedora do Emmy, Grammy, Oscar e Tony abre detalhes de sua vida íntima e de sua extensa e exitosa carreira. Também há passagens sobre, entre outras coisas, suas primeiras esperanças de se tornar atriz, amigos famosos (como Marlon Brando), casamento de 25 anos com o ator James Brolin, e, claro, sua ampla lista de ex-namorados que inclui o tenista Andre Agassi (28 anos mais jovem), o ator Don Johnson e o ex-primeiro-ministro canadense Pierre Trudeau (23 anos mais velho e pai do também ex-primeiro-ministro canadense Justin Trudeau).
Em entrevista à BBC, disse: “Este é o meu legado. Eu escrevi minha história. Não preciso dar mais entrevistas depois disso.” Estou desde ontem lendo várias matérias e resenhas sobre o livro, que já baixei no meu Kindle. E fiquei pensando que poder é esse dessa mulher de escolher o momento de parar de forma tão formidável.
Que o exemplo de Barbra Streisand, eternizado em múltiplas formas de expressão artística e homenageada com uma música adorável que leva seu nome, permaneça nesses tempos em que a longevidade se torna um assunto mais e mais discutido e presente no nosso dia a dia.
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