Sarina Wiegman e seu impacto como possível técnica da seleção inglesa de futebol masculino
Se durante tanto tempo e até hoje seleções femininas de futebol têm técnicos homens, por que não pode acontecer o oposto?
Sarina Wiegman e seu impacto como possível técnica da seleção inglesa de futebol masculino
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18 de agosto de 2023 - 15h03
O anúncio de que Sarina Wiegman, atual técnica da seleção inglesa feminina de futebol, pode assumir a equipe nacional masculina quando (e se) Gareth Southgate, atual titular, deixar o cargo é daquelas notícias que mudam – literalmente – o mundo.
A informação foi dada pelo executivo-chefe da Federação Inglesa de Futebol (FA), Mark Bullingham, nesta quinta-feira 17. Wiegman levou a Inglaterra à inédita final da Copa do Mundo Feminina que será disputada no próximo domingo contra a Espanha. Isso apenas 13 meses depois de conduzir o time ao seu primeiro título internacional: a Eurocopa feminina de 2022.
A ex-treinadora da seleção feminina da Holanda possui contrato com a FA até 2025. Seu nome ganha cada vez mais força nos bastidores do futebol inglês, principalmente depois dela assumir a seleção feminina no lugar de Phil Neville, em setembro de 2021, e simplesmente transformar a equipe em uma das grandes potências do esporte atualmente.
De acordo com Bullingham, a holandesa “pode fazer o que quiser” no mundo do futebol, inclusive assumir a seleção masculina da Inglaterra.
A notícia está na capa de todos os sites e jornais ingleses nesta sexta-feira. E não é para menos. O país que inventou o futebol prestaria um serviço magistral ao mundo se mais uma vez agora inovasse colocando uma mulher para liderar o time masculino de futebol.
Se durante tanto tempo e até hoje seleções femininas de futebol têm técnicos homens, por que não pode acontecer o oposto? Num mundo que preza tanto pela meritocracia, qual seria o impeditivo? E mais: se a Inglaterra de fato levar esse projeto a cabo, pode ajudar a acelerar um processo de equidade de gênero no futebol que terá efeitos em cascata globalmente.
Por razões familiares, vou torcer pela Inglaterra no domingo. Mas, confesso que a partir de agora essa torcida ganhou ainda mais força e um propósito que vai muito além do futebol. Afinal, essa Copa do Mundo Feminina tem dado sinais claros de que não é só sobre futebol. É sobre os direitos das mulheres poderem ser mais respeitadas e protagonistas de um esporte ainda dominado pelos homens.
Go Lionesses!
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