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Women to Watch

Web Summit Lisboa 2022

como usar as ferramentas tecnológicas como “armas” para promover a equidade e transformação do mundo


8 de novembro de 2022 - 15h00

(Crédito: Reprodução/Pedro Mumia)

As imagens das famílias que foram mortas pelos ataques e os vídeos das crianças e jovens que tiveram seus membros amputados e estão em recuperação, usando próteses. Os dados sobre os investimentos da Rússia em ofensivas hackers provocando apagões de informações. E o poder de alcance das redes sociais, que aproxima uns aos outros e anuncia a morte quando os usuários publicam fotos de luto ou deixam de postar, ecoaram o grito de socorro da primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska, durante a cerimônia de abertura do Web Summit Lisboa 2022.

O vice-primeiro-ministro e ministro de transformação digital da Ucrânia, Mykhailo Fedorov, ampliou o pedido de ajuda. Aproveitou a plateia formada por empreendedores de tech e abriu caminhos para que startups dos segmentos de cibersegurança, infraestrutura on-line tragam ideias para solucionar os problemas que a os ataques russos têm provocado, como reestabelecer a estrutura de energia elétrica – que têm causado blecautes de até oito horas – e para o fornecimento de conexão à internet – e pensar que levar a internet em momentos cruciais de defesa, pode mover informação e conceber esperança.

Citando Olena novamente, a primeira-dama revelou ainda que além de investir na segurança cibernética da Ucrânia, os programas voltados para saúde mental também estão entre os recursos prioritários que necessitam de investimentos. Segundo a governante, dois terços dos ucranianos sofrem de ansiedade. Incluindo nessa triste estatística, crianças e adolescentes.

O que ficou claro em ambas as falas é que mais uma vez estamos vivendo uma guerra tech, o que traz uma reflexão de como nós podemos mudar a rota e engrossar o caldo da utilização da tecnologia e a inovação em prol da vida, pela democratização da saúde, pela preservação do ambiente e dos recursos naturais e pelo livre acesso aos alimentos, água, ar puro e energia, que também foram temas recorrentes dos painéis apresentados pelas healthtechs, foodtechs e agrotechs durante o evento.

As soluções devem fazer sentido, valer a pena e serem usadas para ampliar o impacto social. E aqui parafraseando Renee Haas, diretor-presidente da britânica Arm, empresa que desenha os microprocessadores embutidos em praticamente todos os dispositivos móveis do mercado, incluindo os iPhones e iPads da Apple, ao lado do designer e empresário americano Tony Fadell, que supervisionou todo o desenvolvimento de hardware, software e acessórios do tocador de mp3 iPod, lançado por Steve Jobs em 2001, mais do que ótimas ideias, uma startup precisa ter o ser humano no centro de tudo.

Temos que nos validar da responsabilidade social e o nosso real papel perante a sociedade. Utilizar a tecnologia para promover a equidade e o desenvolvimento homogêneo em todo do globo terrestre.

Em um evento colossal como Web Summit, onde toda a indústria de tech estava reunida com equipes multidisciplinares, inclusivas, diversas, de diferentes cores, raças, tribos, etnias, saí com a certeza de que somos um hub talentos para impulsionar ideias, criar soluções criativas e com design centrado para solucionar os problemas do mundo.

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