Marketing
60% dos brasileiros cortaram consumo
Pesquisa da Nielsen aponta queda, em média, de 3,5% em volume de vendas por lar de produtos de limpeza, higiene e beleza, bebidas, perecíveis e outros itens de mercearia
Pesquisa da Nielsen aponta queda, em média, de 3,5% em volume de vendas por lar de produtos de limpeza, higiene e beleza, bebidas, perecíveis e outros itens de mercearia
Editorial
1 de abril de 2016 - 11h30
A situação delicada pelo País está afetando também as relações entre varejo, indústria e consumidores. Segundo a pesquisa “Mudanças no Mercado Brasileiro 2016”, da Nielsen, nove em cada 10 brasileiros acreditam que o País se encontra em recessão econômica. Além disso, 43% deles já estão endividados ou inadimplentes, e mais de três milhões de pessoas ficaram desempregadas em 2015, sendo mais da metade chefes de família.
Como reflexo desse cenário, o consumidor foi em busca de alternativas para driblar a queda na renda, como reduzir gastos fora do lar, diversificar canais de compra, diminuir idas ao ponto de venda, escolher tamanhos de embalagens com melhor custo/benefício e trocar de marcas. Racionalizar o volume de compras foi a estratégia adotada pela maioria da população: seis em cada 10 brasileiros já fazem corte na lista e o consumo da cesta de produtos de limpeza, higiene e beleza, bebidas alcoólicas e não alcoólicas, perecíveis e outros itens de mercearia caiu em 2015, em média, 3,5% em volume de vendas por lar.
Outro dado do estudo aponta que 41% das marcas líderes retraíram volume de vendas em 2015, sendo que seis das 10 marcas líderes perderam lealdade, o que evidencia uma movimentação de troca por marcas mais baratas. Em 2014, o índice de marcas líderes que perderam volume de vendas foi de 22%. “Com um consumidor menos fiel, é imprescindível trabalhar três pilares para chamar sua atenção e conquistá-lo: execução correta no ponto de venda, tanto em preço quanto em disponibilidade de produtos, focar em inovações que apresentem uma clara relação de custo/benefício, especialmente voltados à saúde e bem estar, e manter aquecidos os investimentos de mídia”, disse em comunicado Lucas Bellacosa, analista de mercado da Nielsen.
No caso das categorias de alimentos e bebidas, o resultado do levantamento indica o TPR (redução temporária de preço, na sigla em inglês) como alternativa para aumentar o consumo. Para artigos de limpeza, higiene e beleza, as embalagens promocionais (leve mais e pague menos, produto adicional e volume grátis, por exemplo) apresentam melhores resultados. Veja quadro gráfico abaixo.
Compartilhe
Veja também
CMO global da Nestlé comenta negócio de chocolates
Aude Gandon esteve no País uma semana antes da Páscoa e falou com exclusividade ao Meio & Mensagem, exaltando força comercial e cultural da categoria
Monange expande portfólio e ingressa no segmento de cuidados faciais
Marca da Coty, antes restrita a produtos para o corpo, apresenta a linha Monange Facial, desenvolvida para a pele das brasileiras