A Sexta Negra do varejo brasileiro

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A Sexta Negra do varejo brasileiro

Lojas físicas das marcas Chevrolet, Imaginarium, Centauro, Dicico, Lojas Americanas e Ricardo Eletro se juntam à rede Extra e aderem à edição brasileira do Black Friday


23 de novembro de 2012 - 8h00

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A euforia dos americanos com o Black Friday, marcado para esta sexta-feira 23, causou tanto alvoroço que o comércio decidiu antecipar a abertura das lojas. Acampadas nas portas dos estabelecimentos há quase uma semana, famílias inteiras já puderam ter acesso às tentadoras ofertas a partir desta quinta-feira 22. O Black Friday acabou virando Black Thursday na terra do Tio Sam, berço da megaliquidação anual que acontece após o Dia de Ação de Graças, um dos principais feriados dos Estados Unidos, comemorado no dia 22 de novembro. Mas no Brasil, a “Sexta-feira Negra” ainda caminha para a sua consolidação.

“A tendência é de que cada vez mais, o evento rompa as barreiras do mundo virtual e aconteça também no varejo físico. Ano após ano, com certeza o número de lojas físicas participantes vai aumentar”, acredita Pedro Eugênio, CEO do Busca Descontos, responsável pela ação no País. O executivo garante que a data já está incorporada ao calendário dos consumidores e dos varejistas brasileiros. “Este ano, tanto as lojas como os consumidores se prepararam com muita antecedência”, conta Pedro Eugênio.

Lançado no Brasil em 2010 envolvendo apenas o varejo virtual, o Black Friday atraiu o seu primeiro comércio físico no ano passado. O pioneiro da lista é o hipermercado Extra, do Grupo Pão de Açúcar, que neste ano repete a sua presença ao lado das estreantes Chevrolet, Imaginarium, Centauro, Dicico, Lojas Americanas e Ricardo Eletro, além da rede Pernambucanas, com a promessa de oferecer descontos de até 80% durante as 24 horas do dia 23 de novembro.

Algumas ofertas terão inclusive o seu prazo estendido. “Deixaremos as nossas promoções não só 24 horas, mas também nos próximos sete dias que seguem o evento”, explica Eloisa Medina, criadora de um site especializado na venda de perfumes e cosméticos, que marca presença pela primeira vez no Black Friday. A Dafiti, comércio eletrônico de moda da Rocket Internet, também pretende prolongar o período de descontos até a segunda-feira seguinte à Black Friday, conhecida como Cyber Monday, que acontece em 26 de novembro.

À espera dos resultados

Entre as 300 lojas virtuais que aderiram à data, são esperados 330 mil pedidos, o que deve gerar uma movimentação da ordem de R$ 135 milhões, alta de 35% na comparação com a edição de 2011, quando foram computados 237 mil pedidos de cerca de 50 participantes. O montante obtido no ano passado (88% a mais que em 2010) equivale a vendas de R$ 100 milhões, o maior faturamento registrado pelo comércio online brasileiro em apenas um único dia, segundo a consultoria e-bit. No e-commerce dos Estados Unidos, o Black Friday movimentou US$ 816 milhões em 2011, um avanço de 26% em relação ao ano anterior, segundo o comScore.

“O principal diferencial da edição brasileira deste ano será a grande variedade de produtos. Este ano, pela primeira vez, a TAM vai oferecer passagens aéreas. Também pela primeira vez, a GM prepara uma grande promoção”, frisa Pedro Eugênio. Outro destaque fica por conta do Selo Oferta Black Friday, criado para certificar a veracidade das promoções ofertadas. “Uma equipe do portal vai analisar todas as promoções para conferir se os produtos anunciados realmente possuem descontos”, garante Eugênio. Para usufruir das ofertas virtuais, os consumidores devem estar cadastrados no site do Black Friday, que já reúne mais de seis milhões de usuários.

Alerta

A Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça, lembra que a venda de produtos e serviços, seja em loja física ou virtual, deve seguir as normas previstas no Código de Defesa do Consumidor (CDC). Essa legislação assegura, por exemplo, o direto do consumidor cancelar a compra feita pela internet no prazo de sete dias contados a partir da data do recebimento da mercadoria e sem a cobrança de nenhuma taxa adicional. O Procon orienta ainda os consumidores a pesquisar os preços antes da compra, analisar se a oferta é realmente vantajosa, evitar as compras por impulso e checar os requisitos de segurança para senhas e dados.

Confira, a seguir, alguns dos direitos dos consumidores garantidos mesmo em liquidações:

– Se a empresa prometeu desconto em determinado produto, a oferta deve ser cumprida conforme a veiculação;
– O CDC estabelece o prazo de 30 dias para reclamações sobre vícios aparentes ou de fácil constatação no caso de produtos não duráveis e de 90 dias para itens duráveis, contados a partir do recebimento da mercadoria;
– No caso de mercadorias que necessitem ser entregues em domicílio, o consumidor deve solicitar que o prazo de entrega seja registrado na nota fiscal ou recibo. No Estado de São Paulo, a Lei 13.747/2009, conhecida como “Lei da Entrega”, obriga as empresas a estabelecerem uma data e turno para a entrega do produto ou a realização de serviço ao consumidor;
– No ato da entrega, só o consumidor deve assinar o documento de recebimento do produto, após examinar o estado da mercadoria. Eventuais irregularidades devem ser relacionadas, justificando o não recebimento.

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