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Como vencer em 2030? Caminhos para marcas atraírem consumidores

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16 a 20 de junho de 2025 | Cannes França
Cannes

Como vencer em 2030? Caminhos para marcas atraírem consumidores

Relatório da Contagious revela projeção para os próximos cinco anos e indica caminhos para que marcas atendam aos anseios e necessidades básicas dos consumidores


23 de junho de 2025 - 6h00

Todos prontos para ficar deprimidos? Indagou Alex Jenkins, diretor editorial da Contagious, prestes a apresentar projeções para o futuro. Em todos os campos, os seres humanos vêm sendo afetados pelas novas tecnologias, sofrendo os impactos de mudanças climáticas e enfrentando questões socioeconômicas que exercem influência direta no consumo. 

2030

No Rotonde Stage, a Contagious passeou entre a catástrofe e o otimismo para navegar pelo futuro (Crédito: Divulgação/Cannes Lions/Getty UK)

A crise ambiental tem sido alarmante. Nos últimos 18 meses, de acordo com o report “Como Vencer em 2030”, árvores e a terra absorveram quase nada de CO2 da atmosfera. Isso significa extremos climáticos mais intensos, colapso da biodiversidade, declínio da produção agrícola e a volatilidade do preço e carência de segurança alimentar.

Nos Estados Unidos, o poder de compra da casa própria despencou. Segundo a Zillow, houve um aumento de 45% no preço de moradias desde 2020, contra 20% de aumento nos salários, aponta a National Average Wage Index. Isso fez com que a média de idade das aquisições aumentasse desde os anos 1980, na casa dos 30 anos, podendo chegar a 63 anos em 2030. 

Consequentemente, no campo dos relacionamentos, casais são formados sob a premissa de aumentar a renda para sair da casa dos pais. Além disso, pessoas têm buscado refúgio em relacionamentos com avatares hiper realistas gerados por inteligência artificial (IA). “Pesquisas muito recentes da Harvard Business Review de 2025 apontam que o principal caso de uso da IA generativa não é apenas a criatividade. É terapia e companhia — as pessoas estão mais solitárias do que nunca e recorrem cada vez mais à tecnologia para isso”, declarou Jenkins.

Desde 2021, o número de candidaturas a vagas de emprego cresceu na mesma medida do desemprego (4,2% nos Estados Unidos). Segundo o World Economic Forum, 41% das companhias em todo o mundo planejam reduzir a força de trabalho até 2030 devido à IA. A tecnologia verá aumento para fins de terapia/companhia, organização e busca do propósito na vida.

Mas, então, como vencer em 2030?

“Existe uma grande oportunidade para as marcas deixarem de ser apenas relevantes e se tornarem fundamentalmente importantes na vida das pessoas, ao defenderem as necessidades descritas por Maslow. É uma mudança de mentalidade: sair da criação de produtos desejáveis para defender as necessidades das pessoas — sendo a estrutura de apoio para suas vidas”, disse, referindo-se à pirâmide de Maslow, dividida em cinco grupos de necessidades básicas: necessidades fisiológicas; de segurança; amor e pertencimento; estima; autorrealização. 

Um dos casos é a Patagonia, que se comprometeu com a causa climática e, em 2022, transferiu 100% dos lucros da companhia – cerca de US$ 3 bilhões à época – para entidades que combatem mudanças do clima. Já a Asics foca na saúde ao pregar o bem-estar em campanhas como a “Drastic Transformation”, uma crítica e mensagem de conscientização pelos exercícios físicos apenas em prol da aparência.

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