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Comunicação

Apro se manifesta contra mesa de compra

Associação divulgou carta resposta ao manifesto de repúdio que a Aprosom lançou esta semana


3 de junho de 2011 - 9h22

 A Apro (Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais) decidiu lançar um comunicado ao mercado, uma espécie de resposta ao manifesto de repúdio que a Aprosom ( Associação Brasileira das Produtoras de Fonogramas Publicitários) divulgou na última quarta-feira 1, sobre a situação das mesas de compra. O texto informa que a entidade é contra leilões reversos, pools e exigências de compradores, pois o negócio em questão é a produção de peças únicas e artísticas.

Para a associação a mesma preocupação que os anunciantes têm na escolha de embalagens, profissionais de marketing e agência devem ser levadas em consideração quando o assunto é a produção, para que a prática não seja quantitativa, mas qualitativa.

Quem assina a carta é a diretora executiva da Apro, Sônia Regina Piasa.
Leia o texto na íntegra:

“Participar de um leilão reverso é a maneira mais rápida de acabar com sua produtora. Muitas produtoras de filmes estão revendo suas posições e os pools estão virando piada. Quem está dentro, quer sair, e quem está fora, quer entrar.

Como Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais – APRO – nos posicionamos inteiramente contrários a leilões reversos, pools e exigências predadoras de compradores de insumos, pois somos artesãos de peças únicas. A ótica do diretor é que imprime o caminho do filme e esse caminho pode diferir radicalmente de um diretor para outro.

Anunciantes sempre tem muita preocupação com seus produtos ou serviços. Realizam pesquisas, investem em design de marca e embalagens, na criação de suas campanhas publicitárias, em pessoal de marketing qualificado para tomar decisões certas, mas, com relação aos serviços de produção, os anunciantes que utilizam mesas de compra, leilões reversos, pools e outras exigências predadoras, estão quantificando e não qualificando os investimentos que realizam.

Os profissionais de compra e suprimentos só pensam na economia que irão fazer sem o menor respeito aos nossos apelos. Se fizermos um estudo, mesmo que superficial, do que eram nossos filmes publicitários antes dessas mesas de compra de insumos, pools e leilões, facilmente veremos que quem mais perdeu foram os anunciantes.

Em nome de uma economia “porca”, o intervalo comercial das emissoras de TV virou uma tortura para os consumidores e telespectadores.”

 

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