A JWT seis meses apos a mudanca de CEO
Agência perdeu importantes lideranças e precisou modificar digital em 2011, mas deve fechar ano com crescimento de 20%
Agência perdeu importantes lideranças e precisou modificar digital em 2011, mas deve fechar ano com crescimento de 20%
Felipe Turlao
16 de novembro de 2011 - 10h30
Seis meses depois da saída de Mário d´Andrea do cargo de CEO, a JWT busca manter a linha, agora sob liderança de Stefano Zunino, o Group Executive Officer.
Segundo o executive, a JWT brasileira não perdeu nenhuma conta e conquistou a verba de Johnson&Johnson, por alinhamento global. O cliente entra como um dos mais importantes, ao lado de Ford, HSBC, Unilever, Kraft Foods, Nestlé, Pernambucanas e Coca-Cola.
Zunino revela que o escritório brasileiro irá liderar a plataforma mundial de comunicação de J&J no que tange à Copa do Mundo de 2014, da qual é um dos oito cotistas.
Localmente, a agência anunciará em breve uma conta de grande porte, que não foi revelada.
“Apesar das mudanças, 2011 foi um ano ótimo para a agência e isso logo após um outro ano que havia sido excelente”, garante o executivo. A agência crescerá 20% em receitas neste ano e mantém a condição de um dos mais lucrativos dentro da rede.
A primeira grande questão a ser resolvida era a liderança, muito afetada após a saída do CEO e CCO Mário D´Andrea, que tornou-se Sócio da Fischer+Friends e de Ken Fujioka, o head of planning que partiu para uma sociedade na Loducca em abril.
De lá para cá, outra mudança relevante: Martin Montoya deixou a direção-geral da agência, cargo que ocupou por cinco anos, rumo à presidência da WMcCann. A criação foi resolvida com a promoção de Roberto Fernandez e a contratação de Ricardo John junto à Giovanni + DraftFCB. Ambos são hoje diretores executivos de criação. O planejamento já havia sido preenchido com Fernand Alphen, que deixou a F/Nazca S&S após 13 anos. Para o posto de Montoya, a agência decidiu elevar Ezra Geld a diretor de operações (mantendo o cargo de head of media) e Fernanda Antonelli a head of client service, liderando o atendimento.
A segunda grande preocupação era o digital, já que a rede abrigava a marca RMG Connect (em extinção), além de Mídia Digital e i-Cherry, adquiridas pelo WPP em 2010 (foi Zunino, aliás, quem intermediou o negócio entre WPP e Mídia Digital). A solução passou tanto pela criação da Casa, que unificou RMG e Mídia Digital, quanto pela integração entre Casa e JWT especialmente nos projetos de grande porte. “Saímos dos tempos de gerenciamento de marca para gerenciamento de projeto. Todos os grandes trabalhos digitais têm um gerente que pode ser de qualquer uma das agências, e que vai indicar onde está a melhor solução”, explica.
Além disso, a JWT tem uma novidade no que tange à sua operação global: está lançando a plataforma dotJWT (ou pontoJWT), liderada por John Baker, que pretende criar um processo de colaboração de acordo com os projetos. “É uma comunidade global para o digital. Quando tivermos uma demanda grande de um cliente, teremos um pool de especialistas escolhidos em todos os escritórios do mundo”, explica Zunino. A JWT estima em 2 mil o número de profissionais digitais que estarão conectados ao dotJWT.
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