Acordo Peralta e MDC pode ter compra de ações
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Felipe Turlao
19 de abril de 2012 - 3h23
A Peralta fechou na semana passada um acordo de joint-venture com o MDC Partners, grupo que controla a agência e outras como 72andSunny e Anomaly, marcando a entrada de mais uma holding internacional no Brasil – no caso, a décima maior do mundo e única do Top Ten que ainda não estava presente no País.
Pelos termos do contrato, o publicitário Alexandre Peralta continua dono de 100% do negócio, que irá manter o nome, sem incluir nenhuma referência à MDC ou a qualquer de suas agências. O objetivo inicial da joint venture é que a Peralta atenda clientes globais da CP+B no Brasil, mas o acordo pode – e deve – se estender às outras agências da MDC e evoluir para a compra de parte das ações.
“A aquisição de ações é uma possibilidade, porque queremos uma relação de longo prazo. Estamos com a mente aberta para isso”, afirma Chuck Porter, diretor global de estratégia da MDC Partners e Chairman da CP+B.
Um caso que pode ser repetido no Brasil é o que ocorreu na Suécia. A CP+B tinha projetos em comum com a digital Daddy – embora não fosse uma joint-venture – e a empresa sueca acabou sendo adquirida em 2009.
Sobre as outras agências do grupo, Porter garante que há um grande interesse delas em conhecer o trabalho da Peralta para estabelecer parcerias. “Outras empresas do grupo com quem conversei nos últimos dias já disseram que querem vir para São Paulo para conhecer a agência. Não posso falar em nome delas, mas digo que a Anomaly está especialmente entusiasmada com a parceria”, revela. A agência já havia demonstrado intenção de vir para o País logo após sua aquisição pelo MDC, no começo de 2011.
A joint venture prevê ainda a exportação de talentos da Peralta para trabalhos globais. “Temos a filosofia de recrutar em todos os escritórios os melhores talentos para determinado tipo de projeto global. Naturalmente, isso vai incluir os profissionais do Brasil e a Peralta pode participar em projetos no exterior”, avisa.
A chegada da MDC Partners ao Brasil é o passo mais importante de uma caminhada que já durava quatro anos. “Muitos de nossos clientes já demandavam essa atenção com o Brasil. Por isso, estamos estes anos todos considerando entrar no País, à espera do parceiro ideal, que tivesse os mesmos objetivos e visão de negócio. E isso, encontramos na Peralta”, afirma Porter.
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