Agências defendem o Cenp
Orlando Marques, presidente da Abap, critica a ?tentação de romper com os padrões e reinventar a roda de modo às vezes pouco responsável? em discurso na abertura do Ebap 2015
Orlando Marques, presidente da Abap, critica a ?tentação de romper com os padrões e reinventar a roda de modo às vezes pouco responsável? em discurso na abertura do Ebap 2015
Alexandre Zaghi Lemos
27 de outubro de 2015 - 1h00
No momento em que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) investiga “supostas condutas anticompetitivas” praticadas pelo Conselho Executivo das Normas-Padrão (Cenp), e que a Associação Brasileira de Anunciantes (ABA) defende que o desconto-padrão e outras regras das normas-padrão do Cenp “deixaram de ser necessários”, sendo “instrumento hoje fora de qualquer contexto político e econômico e sem função positiva para o setor”, as agências de publicidade saem em defesa do órgão de autorregulação.
Em discurso na abertura do Encontro Brasileiro de Agências de Publicidade – Ebap 2015, que está sendo realizado nesta terça-feira, dia 27, em São Paulo, Orlando Marques, presidente da Associação Brasileira das Agências de Publicidade (Abap) disse que “a tentação de romper com os padrões e reinventar a roda de modo às vezes pouco responsável é maior nos momentos difíceis como os que estamos vivendo”.
Para Marques, é preciso “resistir à tentação e insistir na crença dos valores que nos trouxeram até aqui”. Defendendo a autorregulação, ele salientou que é saudável “discutir, debater e até brigar em alguns momentos”, mas não seria inteligente jogar fora as conquistas que trouxeram o mercado ao pondo onde ele está. “É no Cenp que temos a bússola das melhores práticas. É graças ao Cenp e às leis que o antecederam que o Brasil pode oferecer um padrão publicitário de primeiro mundo numa economia ainda emergente”, salientou.
Pedindo a preservação da “mais valia do nosso modelo”, Marques concordou que é preciso “discutir, revisar, evoluir, modernizar essas normas, como, aliás, estamos começando a fazer uma vez mais neste momento”.
Embora, assim como as demais entidades envolvidas no caso, o Cenp não tenha se pronunciado publicamente sobre o processo no Cade, na semana passada o órgão publicou um vídeo no qual defende o ambiente de autorregulação e o modelo de negócios do mercado brasileiro, descrito como “um dos mais sustentáveis e eficientes do planeta”.
O vídeo A Publicidade Brasileira e a Autorregulação tem cerca de sete minutos, foi desenvolvido para o Cenp pela agência Zoégas e produzido pela Easy Filmes.
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